VELHA PAINEIRA
Um dia, pensamento vagando, buscando espaços, lembrei;
Velha paineira, de tantos encantos, muitos sorrisos, pensamentos além.
Testemunha viva de confidencias, juras de amor, trocas gostosas,
Será que está lá, ainda soberba, forte, balançando ao vento
Com sombra generosa, acolhedora, abrigando também os pássaros?
Busquei-a então, olhando perdido, será aqui ou então lá?
Não, um pulsar, quase um susto, o seu lugar está lá vago.
Cortaram seu cerne, maltrataram seu generoso tronco antes tão soberbo.
Triste, pensativo, virei de costas e quis conferir meu engano.
Era verdade, o seu espaço, somente espaços ocupado por ervas daninhas.
Restou-me lembranças, generosas, de duas pessoas que buscavam-na sempre.
Contemplativas, olhares perdidos em busca de horizontes amplos,
E que, numa fuga, num relance, trocavam olhares, ternos, apaixonados,
Que nunca se desmanchavam, pois tinham lances tão meigos que jamais esquecerei,
E as juras de amor, confidencias trocadas, iam além, que os ventos carregavam.
Sem destino, quem sabe tocando as nuvens, ou mesmo na rota dos pássaros,
Derramavam fluidos generosos em todos os cantos, sem desprezar ninguém.
Mesmo os incautos que não sabiam amar pelas amarguras sofridas,
Recebiam sutilezas que os sentidos vagos captavam.
Pois o amor tem dimensões amplas, ocupando todos os horizontes.
Pois é, velha paineira, lembra quais os personagens que te buscavam sempre?
Víamos a imensidão de seu tamanho e sempre a achamos criança.
Pela sua meiguice, o seu sussuro, a sua brisa que batia suave em nossos rostos.
E fazia-nos feliz, o mundo só nosso, só você e os pássaros como testemunhas?
Fomos nós, Jairo e Ondina que te amamos com a maior das amplitudes.
Um dia, pensamento vagando, buscando espaços, lembrei;
Velha paineira, de tantos encantos, muitos sorrisos, pensamentos além.
Testemunha viva de confidencias, juras de amor, trocas gostosas,
Será que está lá, ainda soberba, forte, balançando ao vento
Com sombra generosa, acolhedora, abrigando também os pássaros?
Busquei-a então, olhando perdido, será aqui ou então lá?
Não, um pulsar, quase um susto, o seu lugar está lá vago.
Cortaram seu cerne, maltrataram seu generoso tronco antes tão soberbo.
Triste, pensativo, virei de costas e quis conferir meu engano.
Era verdade, o seu espaço, somente espaços ocupado por ervas daninhas.
Restou-me lembranças, generosas, de duas pessoas que buscavam-na sempre.
Contemplativas, olhares perdidos em busca de horizontes amplos,
E que, numa fuga, num relance, trocavam olhares, ternos, apaixonados,
Que nunca se desmanchavam, pois tinham lances tão meigos que jamais esquecerei,
E as juras de amor, confidencias trocadas, iam além, que os ventos carregavam.
Sem destino, quem sabe tocando as nuvens, ou mesmo na rota dos pássaros,
Derramavam fluidos generosos em todos os cantos, sem desprezar ninguém.
Mesmo os incautos que não sabiam amar pelas amarguras sofridas,
Recebiam sutilezas que os sentidos vagos captavam.
Pois o amor tem dimensões amplas, ocupando todos os horizontes.
Pois é, velha paineira, lembra quais os personagens que te buscavam sempre?
Víamos a imensidão de seu tamanho e sempre a achamos criança.
Pela sua meiguice, o seu sussuro, a sua brisa que batia suave em nossos rostos.
E fazia-nos feliz, o mundo só nosso, só você e os pássaros como testemunhas?
Fomos nós, Jairo e Ondina que te amamos com a maior das amplitudes.
JAIRO VALIO
Jairo Valio nasceu em Pilar do Sul, Estado de São Paulo - Brasil, aos 05 de outubro de 1934, filho de Gabriel Valio e Maria Conceição Valio.
Formado em contabilidade, trabalhou por 38 anos em várias instituições financeiras, como Gerente, onde aposentou-se posteriormente.
Escritor, pesquisador e poeta, é apaixonado pela Literatura e escreve crônicas nos Jornais Cruzeiro do Sul de Sorocaba e O Jornal de Pilar do Sul.
Foi membro do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente [CMDCA] por duas gestões também como voluntário e é Vicentino por mais de 30 anos pela Sociedade São Vicente de Paulo em Sorocaba/SP.
Recebeu o Título de Cidadão Sorocabano, outorgado pela Câmara Municipal de Sorocaba, em reconhecimento da cidade pelos trabalhos em favor dos pobres e oprimidos, principalmente pelas crianças abandonadas nas ruas das periferias.
É membro da Academia Sorocabana de Letras.
Tem publicado o Livro Nascente das Águas e participação no Livro Antologia dos Escritores Brasileiros 2º Edição.