sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

FAMÍLIA MANTOVANI TEM PARENTESCO COM A FAMÍLIA VÁLIO.

Santo Mantovani Filho era casado com Aparecida Válio, com quem teve os filhos: Edson, Edneu, Edmir, Santo Mantovani Neto e Eloísa Cristina.
Faleceu em Sorocaba no dia 26 de fevereiro de 2.003, contando com 76 anos de idade, deixando doze netos.
Era membro da Loja Maçônica Labor/São Roque e foi vereador por Sorocaba na 7a. legislatura, de 1/2/73 a 31/01/1977, ao tempo do prefeito Armando Pannunzio; na 8a. legislatura, de 1/2/78 a 31/01/1983, época do prefeito José Theodoro Mendes e na 9a. legislatura, de 1/2/83 a 31/12/88, pelo PDS, ao tempo do prefeito Flávio Nelson da Costa Chaves.
Este recorte sobre seu passamento é do jornal "O Democrata", de São Roque, edição de 01 de março de 2.003.  






sexta-feira, 23 de novembro de 2012

UM PEDAÇO DE HISTÓRIA DE CIRILA NOGUEIRA VÁLIO.

LEGIÃO BRASILEIRA DE ASSISTÊNCIA
CENTRO MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL ARCANJO
ESTADO DE SÃO PAULO
Ofício N. 35/44

São Miguel Arcanjo, 26 de setembro de 1.944.

Ilmo. Sr. Alcindo dos Santos Terra.

N E S T A

Tendo sido designada pela ilustre Comissão Executiva das obras da nova Igreja Matriz desta cidade, (não pelo meu conhecimento pessoal, mas pelo relevante cargo que me foi confiado de Presidente do Centro Municipal da Legião Brasileira de Assistência), para ocupar o cargo de Presidente da Comissão das quermesses e obtenção de auxílios para as citadas obras, venho convidar o ilustre amigo desta cidade para, juntamente com sua Excelentíssima esposa, servirem de padrinhos por ocasião do assentamento da primeira pedra das obras da nova Igreja Matriz, solenidade esta que terá lugar no dia 1º de Outubro do ano em curso.
Este ato por mim praticado de comum acordo com as demais companheiras de Comissão de quermesses também com a Comissão Executiva, é uma sincera homenagem que prestamos, todos os Sãomiguelenses, à memória dos vossos saudosos antepassados a começar pelo venerando Tenente Urias Emidio Nogueira de Barros, até ao vosso querido e ilustre pai, Tenente Alfredo Olegário dos Santos Terra, que, em tempos passados, foi um dos que auxiliaram a erguer o primeiro esteio da primeira capela que foi erigida no meio das selvas desta nossa, hoje, formosa cidade.
Esperando que a Vossa Senhoria aceite este convite, em nome da Comissão Executiva das obras da Igreja Matriz e da Comissão de que eu sou Presidente, antecipo-lhe os nossos sinceros agradecimentos.

Atenciosas saudações
Cirila Nogueira Valio
Presidente da Comissão de quermesses.

(Do Blog de terra.sempre.terra)
OBS: O senhor Alcindo dos Santos Terra Júnior tem o original deste. No ano de 1.944, Cirila Nogueira Válio era a Primeira Dama da cidade.

UM POEMA DE JAIRO VALIO.

"AYRTON SENNA"

Perfil de homem e rosto de menino,
Cavalgava no vento toda sua coragem,
E tinha na mansidão de criança,
O arrojo dos fortes e a saga dos heróis,
Mesmo parecendo tão frágil sua compostura.
Seu bólido qual flecha disparada,
Rugia os motores e sumia no horizonte,
Aumentando a adrenalina no corpo preparado,
Pulsando o coração forte, vibrante, ainda jovem.
Mostrando sutilezas só suas, de ninguém mais.
Fez da nação uma idolatria,
Quando mostrava nas vitórias a bandeira tremulante,
E o povo, orgulhoso do feito conquistado,
Exibia sorrisos e esquecia mágoas reprimidas,
Pelas suas conquistas que ninguém podia duvidar.
No entanto, por tragédia anunciada,
Chocou seu bólido num muro assassino,
Sua audácia que ninguém conseguia conter,
Silenciando num repente, assustado,
Uma vida sem limites preciosa.
Chorou em prantos todo um povo,
Comoveu nações antes escondidas,
E crianças que amava em plenitude,
Lágrimas sentidas nos rostinhos escorreram,
Dor amarga pelo ídolo que partia.
Entretanto, no pulsar das tristezas,
O povo exibiu patriotismo nunca antes demonstrado,
E a bandeira linda, em cores, quase ausente,
Aflorou brilhante no solo abençoado,
Despertando fé e esperança no Brasil.
Ímola, de encantos proclamados,
Jamais serás em todas tuas audácias,
O mesmo porto das alegrias antes vividas,
Pois imolou em suas entranhas nosso Ayrton,
Deixando saudades que choramos até hoje.

Jairo Valio

OCTÁVIO ALÁDIO VAZ E O PADRE LÉO.

Em junho de 2.010, Octávio Aládio Vaz presenteou o Centro Cultural Memorial Padre Léo, localizado em São João Batista, em Santa Catarina, com uma imagem - escultura talhada em madeira maciça. Apesar de não conhecer o Padre Léo, ele também quis homenageá-lo, porque a sua vida foi transformada ao ouvir suas palestras. Para ele, a escultura representa o desejo de manter viva a imagem e a obra do grande fundador da Comunidade Bethânia que conta com cinco casas espalhadas pelo Brasil e tem como missão restaurar jovens dependentes químicos, portadores de HIV e marginalizados em geral.
A obra foi feita pelo escultor Gotfredo Thaler, da cidade Três Tílias. 
Aqueles que visitarem o Centro Cultural Memorial Pe. Léo em São João Batista/SC, poderão ver de perto a escultura.

Otávio, de camisa branca e colete ao lado da escultura, tendo atrás de si o escultor.



A imagem ainda no Paraná, antes de chegar ao município de Iguape, seu destino final - foto do acervo da Família Valio de São Miguel Arcanjo.








Octávio Aládio Vaz nasceu em Capão Bonito. É filho dos saudosos João Aleixo Vaz, conhecido como João Satiro, e Cynira Valio Vaz, esta filha do Major Luiz Válio e de Cirila Nogueira Válio, naturais de São Miguel Arcanjo.
Famoso advogado em Curitiba, sempre foi muito religioso; inclusive tem um filho padre.

ADRIANA VALIO ACREDITA EM VIDA FORA DO PLANETA


(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Adriana Valio conversou com campuseiros nesta manhã na Campus Party sobre as possibilidades de encontrarmos vida fora da Terra. Ela ainda explicou o que pode ser considerado um planeta habitável e quais são suas características, assim como quais são as técnicas utilizadas para detectá-los.
Mas o que é um planeta?
Como definido pela União Astronômica Internacional (IAU na sigla em inglês) em 2006, um planeta deve: estar em torno de uma estrela (como o Sol); possuir uma forma esférica e massa mínima; ser o objeto dominante em sua órbita. Foi a partir daí que Plutão deixou de ser considerado como um dos oito outros elementos do nosso Sistema Solar.
Quando se trata de planetas extrassolares, ou seja, aqueles que estão além do nosso sistema planetário, as definições são um pouco diferentes. Eles precisam possuir massa menor que a do Sol, mas também é necessário que estejam orbitando uma estrela que possa produzir energia própria.
O primeiro deles foi descoberto em 1995 por Mayor & Queloz. O elemento encontrado possuía cerca de metade da massa de Júpiter e orbitava em torno de uma estrela considerada normal.

Detecção e satélites
Até a data de ontem, 758 exoplanetas já foram descobertos, e a detecção desses elementos pode ser feita de algumas formas. Entre elas, pode-se levar em consideração a velocidade radial, pois o planeta também exerce uma atração gravitacional sob a estrela. Neste caso, ambos giram em torno do centro da massa do sistema.

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Também é possível detectar planetas que estejam em trânsito, ou seja, no momento de um eclipse. Nessa ocasião, o elemento observado passa na frente de sua estrela, sendo possível identificar uma sombra enquanto realiza o movimento. A primeira detecção através desta técnica ocorreu em 2000 e teve duração de 2h30.
Adriana Valio ainda comentou um pouco sobre o trabalho feito pelos satélites responsáveis pelas descobertas de sistemas extrassolares. Um deles é o CoRoT, que já encontrou 24 planetas até hoje. Ela ainda explicou que a vantagem deste equipamento é que a observação feita por ele acontece de forma contínua durante 150 dias.
Outro elemento mencionado foi o satélite Kepler. Ele já confirmou a existência de 30 sistemas planetários com 61 planetas, que orbitam bem próximos a suas estrelas hospedeiras (mais próximos do que Vênus está do Sol).

Afinal, existe vida lá fora?
Valio explicou que a vida como conhecemos hoje (como nós, seres humanos) pode ser difícil de existir atualmente, pois ainda não foi encontrado um planeta tão parecido ou idêntico à Terra. Mas a vida pode existir em outras formas e, para que ela possa se desenvolver, é preciso levar em consideração a Zona de Habitabilidade.
Uma zona habitável é definida da seguinte forma: as distâncias mínima e máxima entre um planeta e sua estrela devem estar no limite aceitável para que possa existir água líquida em um planeta. Entre os diversos exoplanetas descobertos, cerca de 16 deles podem ser habitados por algum tipo de vida, como bactérias.
A também professora ainda disse que, dos planetas possivelmente habitáveis, apenas 4 são os melhores candidatos para a existência de alguma forma de vida. O melhor destes seria o Gliese 581, um sistema triplo que está situado a 20,5 anos luz da Terra. Ele ainda possui 1/3 da massa do Sol, sua luminosidade é 50 vezes menor que a deste astro e a temperatura pode ir de -3 a 40°C.
Por Rodrigo Alves de Brito em 9 de Fevereiro de 2012.
Atualmente, Adriana Valio é Professora Pesquisadora na Universidade Presbiteriana Mackenzie e 
Professora de Pos-Graduação em Astrofisica no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

MARINA BRANCA VÁLIO FRANÇA.

Faleceu no dia 20 de outubro de 2.012, às 07:30 horas, em São Miguel Arcanjo.
Contando com 87 anos de idade, era filha do Major Luiz Válio e de Cirila Nogueira Válio.
Viúva de Nestor França, deixou os filhos: Maria Inês, Maria Regina, Nestor Júnior, Maria de Fátima e Maria Salete, e um punhado de netos e afilhados.
O sepultamento ocorreu no dia seguinte, às 8:30 horas, no Cemitério São João Batista, em São Miguel Arcanjo.

FRANCISCO DE ASSIS VÁLIO

Faleceu no dia 17 de outubro de 2.012, às 19 horas, em São Miguel Arcanjo.
Contando com 82 anos de idade, era filho de Aristeu Válio e Lucila Silva Válio.
Casado com Helena Rocco Válio, tiveram dois filhos: a já saudosa Telma e Francisco Carlos, conhecido por Franco Carlos.
Era proprietário do Restaurante Dom Francisco, à Rua Júlio Prestes e, por muito tempo atuou como músico na Banda da Corporação Musical Lira Sãomiguelense.
O sepultamento foi realizado no dia seguinte, às 13:30 horas no Cemitério São João Batista, em São Miguel Arcanjo.
A família Válio, constrita pela perda desse ente querido, só pede a Deus que lhe dê forças para continuar no caminho da fé.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

RABUGICES DE UM VELHO


O doutor Anselmo já estava marchando na casa dos setenta nos e conservava ainda o seu gênio extremamente alterado.
A constituição de seu corpo já era bastante nervosa e débil, motivo porque os seus clientes não mais se utilizavam de sua ciência médica.
Não tendo o que fazer, passava o bom velho, quase todos os dias, algumas horas debaixo das árvores do jardim, onde gozava momentos de alegria, recordando-se dos belos tempos da mocidade, em que muito se divertira.
Um dia, quando se achava todo imerso nessas vagas recordações, sentiu-se tocar de leve nos ombros e ao mesmo tempo ouviu uma voz que lhe disse:
- Oh!, doutor, sabe de uma coisa?...
O velhito que não costumava receber visitas no jardim quase foi acometido de uma síncope pelo medo que tomou; porém, dirigindo o olhar para o lado do interlocutor, pode conhecer distintamente um rapaz alegre e simpático, que havia sido seu discípulo e a quem muitas vezes puxara as orelhas.
Então, com tremeliques na voz, interrogou:
- Oh! Sílvio, que deseja contar-me? Alguma notícia boa?
- Ótima, doutor...
- O que é então?...
- Eu vou...
- Fala sem receio, menino...
- Doutor, eu vou ca... sar-me!
- Vaes casar! Oh! Seu grandíssimo besta! Então é essa a ótima notícia? Pois ainda ninguém te contou o que é o casamento? Escuta lá: o casamento é uma espécie de corda, onde os desprotegidos da sorte vão procurar os meios de acabar com a vida! A mulher, isto é natural, enche uma casa de filhos e, para sustentar esses "bebês", o "papá" carece trabalhar como um burro... Estás fazendo caretas? Vem cá. Escuta-me. Temos outras consequências: se a mulher é bonita...hum!... O marido precisa andar de binóculo! Se é feia... Jesus, que vida atrapalhada!?! Menino, quem tem juízo não casa e mesmo nem pensar nisso deve!
O pobre rapaz não pode pronunciar uma frase e o velho prosseguiu:
- Olha, Sílvio, os discípulos sempre devem seguir os exemplos dos mestres. Eu nunca quis casar-me e disso não tenho arrependimento, porque diverti-me muito! Corri diversos países do mundo, como sejam a França, a Itália, a Inglaterra, etc., etc., e não tinha que dar satisfações a ninguém, nem pensar em mulher, filhos, ou coisas que se assemelhem. Enfim, se ainda me quisessem casar com uma mocinha (bonita, já se sabe), de seus vinte e cinco anos, eu recusaria!
- Ora, doutor, isso é impossível!
- Não é impossível, Sílvio, eu já estou velho e ...
- Mas... se, por exemplo, eu lhe apresentasse uma rapariguinha bonita, engraçada, etc. e tal pontinhos, que lhe quisesse por esposo, nesse caso o meu bom mestre não recusaria!?!...
O velhito, erguendo-se repentinamente, deu um coice no banco, esticou a corcunda e, depois de limpar cautelosamente os pulmões, todo satisfeito, exclamou:
- Homem!... Como já me diverti muito nos tempos da mocidade, se com efeito achasse uma jovem de seus vinte e cinco anos - sempre daí para menos, bem entendido, eu...
- Casaria, provavelmente, obtemperou Sílvio, no auge da satisfação por ter vencido aquele obstáculo, a princípio tão possante.
- Arriscaria casar-me, disse o doutor, soltando uma gargalhada rouca e amarela.
Daí a quinze dias, Sílvio levara ao lado o velho mestre, como testemunha de seu casamento e - fatalidade - passado um mês, o doutor Anselmo, acometido de não sei que enfermidade, foi unir-se a sua esposa ideal, nas duras e sombrias regiões de um túmulo.
Sílvio derramou muitas lágrimas sobre o féretro do finado.

Este texto foi extraído do jornal "O Democrata", de Capão Bonito do Paranapanema, de novembro de 1.901, escrito por L., de São Miguel Arcanjo.
L. era um dos pseudônimos do Major Luiz Válio, meu avô, então com apenas 21 anos de idade; nesse ano, vereador pela primeira vez.



sexta-feira, 24 de agosto de 2012

EMEI MARIA TEREZINHA VÁLIO ELIAS





Esta é a EMEI-Escola Municipal de Educação Infantil - Profa. Maria Terezinha Válio Elias, na rua Izaar Dib, 317, no Jardim Mesquita, em Itapetininga. A EMEI, tem capacidade para atender 120 alunos. A área construída é de 1.773,56m².


segunda-feira, 30 de julho de 2012

LÚCIA IORIO VALIO


Faleceu no mês de maio de 1.962, em Maringá, com 70 anos de idade.
Era viúva. 
Seu corpo foi trasladado para Campinas, onde foi sepultado. 





terça-feira, 12 de junho de 2012

CELSO VÁLIO


Celso Válio foi prefeito de Carapicuiba no ano de 1.982.
Professor e advogado, era casado com Leonor Gomes.
Leonor Gomes era filha de Leonor Simões Gomes, que morreu em Itapetininga com 87 anos de idade no mês de abril de 2.004.
Leonor Simões era proprietária da antiga Empresa Intermunicipal de Ônibus São Jorge.
Durante meio século, esta senhora sogra de Celso manteve a centenária Corporação Musical Nossa Senhora do Rosário, de Itapetininga. Casada com Arthur Gomes, teve duas filhas: Leonor Gomes Válio e Dina Gomes Barros, esta casada com Heitor Barros, médico.

ANNA VALIO FRANCISCO




O rapaz da foto deve ser neto ou sobrinho-neto de Anna Válio Francisco, filha de Guilherme Válio e Giovanna Cicaglioni.
Quando Anna faleceu, em dezembro de 1.997, contava com 86 anos de idade e já era viúva de José Francisco.
Só deixaram uma filha, a Diva.
Anna foi enterrada no Cemitério do Araçá, em São Paulo.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

GENTIL MARQUES VALIO, NETO DE ELIAS VALIO.


"Era 1º de abril de 1964 quando os militares depuseram o presidente João Goulart e implantaram no Brasil uma ditadura que perdurou durante quase 22 anos. 
Para não cair no anedotário popular do “dia da mentira”, o regime convencionou que a tomada do poder seria comemorada em 31 de março. 
Além disso, o golpe, na concepção dos ditadores, seria chamado de “revolução”. 
No início, contou com o apoio da população sob a crença de que era preciso afastar a ameaça comunista no País. 
Demorou, mas o povo brasileiro percebeu a crueldade do regime e, após anos de lutas — armada por opção de uns e pela resistência da imprensa e opositores —, conquistou a volta da democracia após a campanha pelas “Diretas Já” em 1984.
Em Santa Cruz do Rio Pardo, foram poucos os opositores ao regime militar. Aliás, com a extinção dos partidos e a adoção do bipartidarismo em 1966, todos os políticos da cidade se filiaram à antiga Arena, partido de sustentação da ditadura militar. Somente em 1976 o MDB — único partido de oposição permitido pelo regime — lançaria um candidato a prefeito pela primeira vez. 
Para acomodar numa mesma legenda adversários locais, o governo criou um casuísmo ao permitir sublegendas nos dois partidos políticos. 
Assim, a Arena lançava sempre dois candidatos em Santa Cruz, um pela Arena-1 e outro pela Arena-2. 
Os dois grupos se digladiavam, mas o governo federal sempre vencia as eleições.
Quando o regime militar endureceu, alguns santa-cruzenses foram perseguidos e até presos pela ditadura. 
Um deles foi o comerciante e músico Dário Nelli, comunista convicto. Ele chegou a ser preso no mínimo em três ocasiões, quando a polícia encontrou farto material sobre a esquerda brasileira em sua residência.
Dário, na verdade, vendia assinaturas do jornal “A Voz da Unidade”, órgão oficial do então clandestino Partido Comunista Brasileiro (PCB). 
Os vizinhos de sua casa, na rua Conselheiro Antonio Prado, que compravam exemplares apenas para agradar o amigo, também se viram em apuros. 
O professor Gentil Marques Válio, o advogado Amaury César e o escritor Wilson Gonçalves chegaram a ser ouvidos na polícia quando uma busca na residência de Dário descobriu recibos dos jornais em nome deles. Nenhum era simpatizante do comunismo, mas por conta do episódio aquele quarteirão da Conselheiro Antonio Prado foi apelidado de “rua Moscou”. 
Fonte: Jornal Debate Online.

Retornando um pouco no tempo: 



DECRETO N. 12.037, DE 1.º DE JULHO DE 1941.

O DOUTOR FERNANDO COSTA, Interventor Federal no Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições, e 

Considerando que, nos últimos dias da administração anterior, foram feitas inúmeras nomeações, remoções, promoções e contratos de pessoal, no quadro dos departamentos pertencentes a Secretaria de Educação e Saúde Pública;
Considerando que, em tais atos, dada a premência do tempo, nem sempre prevaleceu o critério da necessidade dos serviços, ofendendo, por vezes, direitos de terceiros;
Considerando que é de todo indispensável uma revisão dos aludidos atos, afim de que sejam salvaguardado o interesse público e corrigidas as injustiças e preterições por ventura verificadas;
Considerando que, para esse trabalho, que deve ser meticuloso, compreendendo o estudo de cada caso de per si, exige-se um lapso de tempo razoável.
Decreta:

Artigo 1.° - Ficam declarados sem efeito os seguintes decretos relativos à Secretaria da Educação e Saúde Pública, expedidos no período de 27 de maio a 3 de junho do corrente ano, exonerados os que tenham tomado posse dos cargos:
Nomeando: 
o sr. Gentil Marques Válio, adjunto do Grupo Escolar "Ataliba Leonel", em Pirajú, para exercer o cargo de diretor do Grupo Escolar de Batista Botelho, em Óleo.

No ano de 1.978, Gentil colaborava com a empresa que editava o jornal DEBATE, em Santa Cruz do Rio Pardo, ao lado de Benedito Carlos de Almeida, Wilson Gonçalves, Adalberto Domingues, Celso Fleury Moraes, Hélio Brizola, Sérgio Fleury Moraes, Natalino Honorato, Luiz Fernando Nicolini e Ary Monteiro.
O DEBATE, na verdade, foi sucessor de um pequeno jornal estudantil editado por Sérgio Fleury Moraes a partir dos 12 anos de idade, “O Furinho”, que era mimiografado e vendido pelas ruas, de casa em casa. Aos 17 anos, fundou o DEBATE, que nas primeiras edições, por causa da menoridade civil de seu real proprietário, circulou com o nome do pai, Celso Fleury Moraes, como diretor-proprietário. Como a maioridade para gerir empresa na época era de 21 anos, Sérgio Fleury emancipou-se para ter legalmente o controle da empresa.
No início o jornal não tinha grandes pretensões. Era, na verdade, um veículo cultural, voltado para artigos de colaboradores. Sérgio contava, na época, com a ajuda de vários amigos de escola, como Luiz Fernando Nicolini Lemos, Ari Monteiro, Luiz Carlos Silva (o “Cascão”, hoje professor do Colégio Camões), e outros. O primeiro design do título foi desenhado por Valdir Giácomo, funcionário de Máquinas Suzuki. Entre os colaboradores figuravam nomes como Wilson Gonçalves, Gentil Marques Válio, Hélio Leme Brizola, Benedito Carlos de Almeida, José Paula da Silva, Celso Fleury Moraes, José Magali Junqueira, Amaury César e outros.
A partir do final de 1978, o jornal adotou uma linha editorial crítica ao regime militar que comandava o país. No ano seguinte, foi catalogado no Ciex — Centro de Informações do Exército — como integrante da “imprensa alternativa” que incomodava a ditadura. O Ciex chegou a encaminhar um ofício secreto ao Tiro de Guerra de Santa Cruz do Rio Pardo solicitando informações sobre o jornal e seus colaboradores.
Eram tempos difíceis, de resistência à opressão e defesa das liberdades individuais e de imprensa. Em 1979, o jornal “Folha de S. Paulo” publicou uma extensa reportagem sobre a organização dos jornais de oposição à ditadura para repudiar atos do regime militar, citando o DEBATE. Em São Paulo, com apoio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais, surgiu o Comitê pela Liberdade de Imprensa, que passou a denunciar perseguições contra jornais independentes. O movimento teve apoio da Assembléia Legislativa, através do então deputado Fernando Moraes — que assinou coluna no DEBATE durante alguns anos. Em julho de 1979, o Conselho de Defesa dos Direitos Humanos da Assembléia Legislativa reuniu vários diretores de jornais alternativos para iniciar a preparação de um dossiê para denunciar os atos da ditadura militar. Participaram do movimento, além do DEBATE, representantes dos jornais Versus, Coojornal, Pasquim, Em Tempo, Movimento e outros da imprensa alternativa.

Pela lei estadual 6.434, de 25 de abril de 1.989, deu-se a denominação de "Professor Gentil Marques Válio à Delegacia de Ensino de Santa Cruz do Rio Pardo". O projeto teve a autoria de Israel Zekcer, PL- 324/1.988.






O prédio da antiga Delegacia de Ensino “Professor Gentil Marques Válio” de Santa Cruz do Rio Pardo agora é patrimônio histórico. 

O imóvel foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) em julho do ano passado, mas a Secretaria de Estado da Educação foi informada apenas no final de dezembro.
O tombamento garante a preservação do prédio — não pode ser demolido e possíveis modificações precisam ser autorizadas pelo Condephaat.
O Condephaat tombou, ao todo, 123 prédios de escolas construídos durante a primeira República — de 1889 a 1930 — no Estado de São Paulo. O prédio da antiga Delegacia de Ensino de Santa Cruz data de 1913. Foi o único tombado na região da Diretoria Regional de Ensino de Ourinhos.
Construído pelo coronel Tonico Lista, o prédio abrigou primeiramente o Grupo Escolar do município e posteriormente tornou-se sede da Delegacia de Ensino. Em abril de 1999 a Delegacia de Ensino foi extinta por um decreto do governador Mário Covas e o prédio passou a abrigar cursos de capacitação de professores — o Circuito Gestão e, atualmente, o Pólo de Capacitação de Educadores.
Segundo a dirigente regional de ensino Maria Regina Pereira Araújo, a partir de março o prédio deve abrigar também o Projeto de Educação Continuada de Formação para Professores de Nível Superior, destinado a professores de municípios que não possuem curso superior (leia nesta página).
Funcionamento — O tombamento do prédio não impede que o Pólo de Capacitação de Educadores continue em funcionamento. “O que muda é que qualquer decisão em relação ao prédio só pode ser concretizada se houver prévia autorização do Condephaat”, explicou Maria Regina. Para a dirigente regional, é importante que o prédio continue com atividades para não se deteriorar. “E esse prédio continua com sua função original. Primeiro teve a educação das crianças e depois de professores. É um prédio que nasceu para fazer educação”, afirmou. 


Gentil Marques Válio era casado com Leonor Ferraz Marques Valio que faleceu aos 89 anos de idade.
Leonor era filha de Calvino e Leonor B. Ferraz e faleceu depois de Gentil.
O casal só teve um filho, Amaury, que faleceu antes da mãe.









1º ANO — Foto de 1978 mostra colaboradores e membros da pequena empresa que editava o DEBATE; da esquerda para a direita: Benedito Carlos de Almeida, Gentil Marques Válio, de chapéu, Wilson Gonçalves, Adalberto Domingues, Celso Fleury Moraes, Hélio Brizola, Sérgio Fleury Moraes, Natalino Honorato, Luiz Fernando Nicolini e Ary Monteiro. 

AMAURY FERRAZ MARQUES VÁLIO, BISNETO DE ELIAS VALIO.



Amaury Ferraz Marques Válio, ex-provedor da Santa Casa de Santa Cruz do Rio Pardo



O ex-provedor da Santa Casa de Misericórdia de Santa Cruz do Rio Pardo, Amaury Ferraz Marques Válio, morreu na madrugada do domingo, 3, aos 59 anos, vítima de um enfarte.

Válio nasceu em Ourinhos, mas viveu em Santa Cruz do Rio Pardo. 
Ele era filho do professor Gentil Marques Válio, ex-delegado de Ensino de Santa Cruz do Rio Pardo e que durante anos foi colaborador do jornal DEBATE. 
A antiga Delegacia de Ensino de Santa Cruz foi batizada com o nome do pai de Amaury. 
Também professor, Amaury Válio foi secretário da escola “Genésio Boamorte” desde a década de 70 e provedor da Santa Casa durante seis anos. 
Ele havia deixado o cargo no hospital há dois anos. 
Casado com Inês Raimundo Marques Válio, deixou dois filhos: André, que tinha 27 anos na época (à esquerda) e Ricardo que tinha apenas 23 (na foto, com a filhinha).


Ricardo Marques Valio







Abaixo, os filhos de André.







No centro, Daniel Marques Valio-Campeão- xadrez.
Na foto seguinte, Julio Marques Valio, o menorzinho, também enxadrista.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

A GERAÇÃO DO MAJOR LUIZ VÁLIO





















O casal Luiz Válio e Cirila Nogueira Válio, aqui em foto do Natal de 1.944, com entrega de doces para as crianças.

O Major fora nomeado prefeito em São Miguel Arcanjo no ano de 1.943.

O casal teve 12 filhos:


1. Georgina, nascida em 18 de abril de 1901;
2. Aristeu, nascido em 13 de novembro de 1902;
3. Moacyr, nascido em 02 de abril de 1904 e falecido em 06 de agosto de 1962;
4. Cynira, nascida em 27 de março de 1906;
5. Maria de Lourdes, nascida em 23 de julho de 1908;
6. Elza, nascida em 20 de agosto de 1910 e falecida em 27 de maio de 1912;
7. Maria Luiza, nascida em 20 de junho de 1912 e falecida em 06 de abril de 1915;
8. Maria Apparecida, nascida em 25 de junho de 1913;
9. Luiz Válio Júnior, nascido em 26 de novembro de 192l e falecido em 06 de agosto de 1991;
10. Myriam Lucy, nascida em 02 de julho de 1923;
11. Marina Branca, nascida em 07 de junho de 1925;
12. José Adriano, nascido em 17 de setembro de 1928. 
Nenhum dos seus filhos foi registrado com o sobrenome "Nogueira" da mãe.
Os dados abaixo foram colhidos por Luiza Valio; não há dados sobre o porquê do falecimento das duas crianças.

1 - Georgina Válio de Carvalho 


Casou-se duas vezes, sendo a primeira delas com Antonio de Oliveira Terra, que foi prefeito em São Miguel Arcanjo, com quem teve uma única filha: Antonia Benedicta Terra Cezar, professora, casada com Leopoldo Cezar, residentes em Capão Bonito, à Rua Cerqueira César, 61. 
Na foto abaixo, o Major Luiz Válio, tendo atrás de si a filha Maria Apparecida Válio; enlaçadas a ele, as netas Cecília e Zezé, filhas de Aristeu Válio e Lucila; sentada ao chão, à direita, Antonia, filha de Georgina e Antonio Terra, tendo ao seu lado direito os primos Luiz Francisco e Norma, filhos de Myriam Lucy, casada com Alcindo Lopes de Almeida, residentes em Capão Bonito.
À frente, no chão, José Adriano Válio, o filho mais moço do Major.
Esta foto esteve guardada durante toda uma vida por Marina Branca Válio França, e agora faz parte do acervo pessoal de Luiza Valio.




Do segundo casamento de Georgina com Joaquim Mendes de Carvalho, morador em Capão Bonito, Georgina não teve geração e optou, após a morte dele, em continuar residindo lá mesmo.
Quando moça, Georgina fez parte da Orquestra Paramérica, do maestro Odir Lisboa, em Itapetininga; tocava violino.
Aqui, uma pequena biografia em forma de homenagem feita pela sua sobrinha e escritora sãomiguelense Luiza Válio, ao esposo de Georgina, que foi prefeito em São Miguel Arcanjo:                                         


‘Meu Tio Antonio Terra’

“O Tenente Urias Emídio Nogueira de Barros, se ainda estivesse vivo, ou ao menos tivesse conhecido, muito se orgulharia do seu bisneto Antonio de Oliveira Terra.
Filho de Cornélio dos Santos Terra, segundo filho de Maximina Nogueira falecido em 1.937, e de Pedrina Angelina de Oliveira Fróes, era irmão do José, do João, do Benedito,da Maria das Neves (casada com Santiago França) e do Miguel Dario; da mesma cepa, era então sobrinho de Alfredo Olegário, de Juvenal, de Belisária, de Josefina, de Teolinda, de Hermógenes, de Virgínia dos Santos Terra e ainda neto de Maximina Ubaldina Nogueira, filha de número 7 do Tenente Urias, que se casou com Miguel dos Santos Terra.
Para situar no nosso tempo a figura de Antonio Terra, diríamos que seria tio-avô de Sérgio dos Santos França ou primo do poeta sertanejo, o querido professor Miguel dos Santos Terra, o ‘Tio‘Miguer’, hoje com 91 anos de idade, e também meu tio, já que se casou com minha tia Georgina, a irmã mais velha do meu pai Luiz Válio Júnior, ambos filhos do Major Luiz Válio.
Essa a série de antepassados e parentes de Antonio Terra, nascido no ano de 1.890.
Desde muito pequeno, acompanhava o pai, tropeiro, levando gado para Iguape, quando tudo por aqui era sertão bruto e as pessoas que por ele transitavam viam-se entregues à sua própria sorte. Nessas andanças, aprendeu a conhecer a região como a palma da sua mão. Cada curva ele conhecia o perigo. Cada árvore ele conhecia seu valor. A cada casebre no meio do mato ele já chegava na frente para cumprimentar os moradores. Cada animal que corria cruzando seu caminho, cada aguada onde o gado parava para beber e fartar-se de verdes folhas, cada nome de bairro ou vilinha, cada amigo tropeiro vindo do sul ou do norte em direção às praias ribeirinhas, cada nome de córrego, tudo ele sabia, porque a constância o levava a aprender.
Com o passar do tempo, já homem feito, optou pelo comércio de cavalos de raça, o que lhe possibilitou comprar muitas terras. Chegou a possuir mais de mil alqueires pela região. Uma de suas propriedades foi o imóvel rural hoje pertencente à conhecida Fazenda Tungal. 
Aos 24 anos, fez-se prefeito em São Miguel e, durante oito anos consecutivos sua vida política se alternara, ora na Câmara de Vereadores, ora como Chefe do Executivo.
Empreiteiro de obras, Antonio montou uma olaria e, em sociedade com um dos irmãos, a Serraria São Roque, no Largo de São Roque, onde está hoje o Clube Recreativo da cidade, na saída para os bairros de Brejauva, Rincão, Santa Cruz, na estrada que liga São Miguel a Itapetininga. Sua maior depositária era a empresa Emílio Nastri e Cia., de Itapetininga.
Antonio Terra fez parte de um grupo de indivíduos evoluídos e progressistas, tais como os capitães Antonio Fogaça de Almeida, João Paulino da Silva, Antonio de Campos e Amaro Paulino, mais o Coronel João Balduino Ribeiro, o Major Juvenal Terra, o professor José Fogaça e os cidadãos Manoel Soares e Joaquim Domiciano, os quais juntos idealizaram e mandaram construir, e inauguraram em 1.919, o Cine Teatro São Miguel, um dos mais confortáveis e bem feitos da zona sulista. Nesse tempo, ele já ostentava o título de Capitão e era comandante das milícias locais.
Estando prefeito em 1.915, uma praga de gafanhotos devastou as lavouras da cidade
Em 1.923, casou-se com Georgina Válio, a primogênita do casal Luiz Válio e Cirila Nogueira. Dizia-se até que esse casamento fora estabelecido desde o berço, pois ambas as famílias nutriam grande amizade e respeito entre si. Era comum ver Antonio, aos dez ou onze anos visitando e ‘ajudando’ Cirila, a futura sogra, a cuidar da menina ainda bebê. 
Foi com o sogro que ele aprendeu a arte da humildade, e era normal vê-lo lavando defuntos, mesmo aqueles portadores de doenças contagiosas.
Ao lado de Antenor Moreira Silvério, Antonio Fogaça, Adelino Rolim, João Balduino, João Paulino e Sebastião Villaça, fez parte do Tribunal do Júri.
Em 1.924, participou da revolta tenentista que irrompeu em São Paulo, pois sempre lutou contra o governo que de modo vergonhoso fraudava as eleições e depunha governadores que não se ajustavam à política dominante.
Foi integrando o Batalhão Patriótico ‘Ataliba Leonel’ que acabou sendo preso e maltratado. Só conseguiu livrar-se das grades, porque tinha uns tios integrantes da Maçonaria, Loja Firmeza de Itapetininga que lhe prestaram auxílio.
De volta a São Miguel, porém, não esqueceu seu idealismo, iniciando uma luta ao lado dos que almejavam uma constituição para o Brasil, entre eles, o sogro. Em 1.930, quando o Major Luiz Válio foi nomeado presidente do Governo Provisório, Antonio Terra fundou a Legião Revolucionária do Município, tornando-se o presidente, tendo como membros ao seu lado uma plêiade de seletos cidadãos tais como José Fogaça, Antonio Arantes Galvão, José César de Noronha, Salvador Caricatti e Gabino Martins.
Abraçara com tamanha euforia essa causa, que acabou sofrendo graves problemas de saúde, inclusive mentais. Internando, veio a falecer no dia 23 de novembro de 1.931, quando a história mais necessitou de seus préstimos, pois seus líderes já planejavam uma luta contra a supressão da autonomia que desde 1.889 sendo respeitada, agora corria o risco de perder. 
Tão logo souberam de sua morte, seus adversários políticos locais barbarizaram: mandaram queimar a serraria, bem como destruir a construção do prédio de três andares que ele edificava no Largo de São Roque.
Antonia Benedita Válio Terra, sua única filha, que não chegou a conhecê-lo, pois nasceu após sua morte em janeiro de 1.932, reside em Capão Bonito com o esposo Leopoldo César. A esposa Georgina, uma vez viúva, casou-se novamente, mas faleceu na década de 60 sem deixar mais descendentes.
Os netos de Antonio de Oliveira Terra:
a. Luiz Eugênio Terra César reside em Apiaí; tem um filho com seu nome. 
b. Ângela Merice Terra Quinarelli mora em São Paulo;
c. João Ricardo faleceu há alguns anos;
d. José Antonio Terra César reside em Capão Bonito;
e. Luciano Terra César reside em Capão Bonito;
f. Leopoldo César Júnior reside em Capão Bonito.
Esses netos já deram 9 bisnetos a Antonio Terra. 
O seu trineto, o Enzo, é o ‘xodó’ da bisavó Antonia que curte muito visitar o Rio Grande do Sul, onde, segundo ela, os Terra são pessoas bastante respeitadas.” 
A cidade de São Miguel fez uma bonita homenagem a Antonio de Oliveira Terra quando emprestou seu nome para dar denominação à rua localizada entre as Ruas São João e Policarpo Torrel Filho;

2.  Aristeu Válio

Aristeu é o primeiro à esquerda
Apelidado de "Teu", quando jovem jogava no time do Operário Futebol Clube. 
Na década de 20, possuiu um ‘Chevrolet’ com o qual fazia viagens a todos os pontos onde houvesse estradas de rodagem.
Quando ele fez 21 anos de idade, foi um acontecimento social na cidade. 
Num jornal de época, o extinto "A Razão", de 15 de novembro de 1.923, há um registro:
                       
"BAILE"

(((((((Conforme noticiamos, realisou-se na noite de 13 do corrente uma animadissima soireé em a residencia do sr. major Luiz Valio, para festejar o 21.o anniversario do sr. Aristeu Valio, filho d`aquele nosso distincto amigo. 
Foi grande o numero de amigos e admiradores da familia Valio que compareceram acompanhados de suas exmas. familias, sendo a todos servido profuso copo d`água e lauta meza de doces.
O baile prolongou-se até alta madrugada, sendo abrilhantado pela orchestra "S. Miguel".
Gratos pelo convite que nos foi distinguido, fasemos votos de prosperidade ao nosso querido anniversariante.))))))))

Aristeu casou-se com Lucila da Silva Válio e tiveram cinco filhos: Francisco de Assis Válio, comerciante, casado com Helena Rocco Válio (pais de Francisco Carlos e Telma Helena Válio), residentes à Rua Julio Prestes, 628, em São Miguel Arcanjo; Maria José Válio Orsi, do lar, casada aos 25 de dezembro de 1.956 às 10 horas na Matriz de São Miguel Arcanjo com Vicente Orsi, que era filho de Pedro e Maria de Jesus Orsi, residentes à Rua Ingleza, 5, em São Paulo (Maria José, apelido Zezé, faleceu em São Paulo aos 23 de março de 1.989, com 56 anos de idade e deixou os filhos José Antonio e Kátia Maria - está sepultada junto ao Cemitério da Consolação, na Capital; seu falecimento foi publicado pelo "Estadão"); Cecília Válio Camargo, do lar, casada com Nilton Aguiar Camargo; Aristeu Válio Júnior, funcionário público, casado com Teresa de Campos Válio, professora, residentes em Tatuí, à Rua 7 de maio, 261, e Irani de Jesus Válio Dominguez Gonzales, professora, casada com Mariano Florial Dominguez Gonzáles, residentes à Rua Laranjeiras, 2 A, em São Paulo; são pais de Rodrigo Valio Dominguez Gonzales.
Na foto a seguir, a filha Irani de Jesus Valio ao lado das primas, filhas de Marina/Nestor França. E na sequência, as filhas Ceci e Zezé, ladeando o avô, Major Luiz Válio, junto com o tio José Adriano e a prima Antonia Terra; lá atrás, com o braço no pai, a tia Maria Valio.






Aristeu Valio foi funcionário público estadual, pois trabalhou na Caixa Econômica Estadual desde que a agência foi aberta em São Miguel tendo sua sede à Rua Miguel Terra, no ano de 1.937.
No ano anterior exerceu o cargo de Escrivão de Polícia e foi ele quem colheu o termo de compromisso assinado por Joaquim Ortiz de Camargo quando este fora nomeado como 1º. Suplente do Sub delegado.
Na década de 50 residia na Praça Tenente Urias, 25.
Aposentou-se como funcionário público.
Foi também grande político, vereador e presidente da Câmara. No dia 06 de agosto de 1.949, encontramos lá no "Estadão" uma passagem de sua vida que bem se pode afirmar como página de um passado memorável sobre os homens que comandavam a vida dos humildes habitantes da pequena São Miguel Arcanjo.
Desta forma:
TÍTULO:  REMOVIDO DE SÃO MIGUEL ARCANJO PORQUE É SECRETÁRIO DO DIRETÓRIO DA U. D. N. 


Reorganizou-se recentemente o diretório municipal de São Miguel Arcanjo, que, composto de elementos de prestígio no município, logo entrou a merecer as iras do "ademarismo", que pretende governar São Paulo pela corrupção e pela violência.
O primeiro a ser visado foi o sr. Aristeu Válio, secretário geral do Diretório.
Trata-se de um correto funcionário que há doze anos exerce o cargo de escriturário da Caixa Econômica.
Entretanto, mal tomou aquela posição política, viu-se atingido por uma remoção que põe a descoberto a mentalidade do atual governo, que pensa poder manobrar a seu talante os servidores do Estado.
A respeito desse caso, deveria falar na Assembleia, o deputado Rubens do Amaral. Os últimos acontecimentos, porém, tomando o tempo e as atenções do Legislativo, não lho permitiram. 
Por isso, solicitou-nos ele a publicação da carta que lhe dirigiu o sr. Aristeu Válio e que é a seguinte:
--------"Tendo o Diretório da U. D. N. incumbido V. Exa. de protestar da Tribuna da Câmara contra o caso de minha remoção, conforme despacho de 29 de junho de 1.940 do sr. Secretário da Fazenda, que julgo injusto e impossível de aceitá-la, é que venho, com o devido respeito e sincera consideração, rogar os seus bons ofícios, no sentido de, se possível, fazer que seja revogado o ato do sr. Secretário.
Peço vênia para informar o seguinte, caso V. Exa. precise de dados para as considerações que julgar necessárias aos esclarecimentos da questão: a remoção foi levada a efeito puramente por politicagem dos adversários da U. D. N., os Fogaças, que vem, há muito, combatendo a Caixa Econômica local, em benefício de uma Cooperativa de Crédito (banquinho), por eles manobrada, cujo estabelecimento está às portas da falência, pois, segundo afirmativas de alguns sócios que querem liquidar suas contas, estas recebem propostas de devolução do capital com o desconto de 20%.  
Esses elementos, que governam ditatorialmente este infeliz município, nunca abriram uma só caderneta na Caixa Econômica, isto não se dando com relação aos seus correligionários não parentes, que mantém depósitos desde a sua instalação, e confiam na Caixa Econômica Estadual.
O motivo desta iníqua atitude do sr. Secretário da Fazenda, movida por intriga do prefeito desta cidade, vem do fato de ter eu e demais amigos organizado o Diretório da U. D. N. local, com um grande contingente de eleitores idealistas, que não temem as arruaças dos oportunistas que já se locomoveram por três ou quatro vezes de um para outro partido, tendo, atualmente aderido ao P. S. P. somente para obter remoções de funcionários que não se dobram aos seus caprichos. E mais, de estar eu figurando como Secretário Geral do Diretório do nosso partido (a U. D. N. ).
Entretanto, no Diretório do P. S. P. local, do qual faz parte como seu Presidente de Honra o sr. Nestor Fogaça, prefeito municipal, figuram como membros os srs. José Alves Machado, Lauro Orlando Oliveira e José Carlos Gomes, 1o. Vice-presidente, Secretário Geral e 2o. Secretário, respectivamente, todos os três funcionários públicos, exercendo o primeiro o cargo de Escrivão da Coletoria Estadual, o segundo o de Diretor do Grupo Escolar, o terceiro, com os cargos acumulados de Secretário e Tesoureiro da Prefeitura Municipal e Secretário da Câmara Municipal. 
Quanto ao desempenho de minhas funções como escriturário da Caixa Econômica, que data de mais de doze anos, posso empenhar o mais formal compromisso de honra, como até este momento cumpri o meu dever de humilde servidos público, com 
agrado geral de todos os depositantes da Caixa Econômica de minha terra.
Acho-me satisfeito por ter tomado a primeira "pelotada" dos "coringas" locais, pois ficaria entristecido se recaísse sobre outro, dentre os inúmeros partidários e simpatizantes da já vitoriosa U. D. N.
É digno de nota o fato de o prefeito sr. Nestor Fogaça ter perdido mais de 60% do seu eleitorado, dado o seu procedimento relativamente às perseguições contra seus inimigos comuns e adversários políticos, que, em alguns casos pertenciam, há pouco tempo, ao partido do sr. Governador Adhemar de Barros.
Na expectativa de uma fragorosa derrota nas próximas eleições, os elementos colaboracionistas que compõem o P. S. D. - P. R. - P. S. P. - chefiados pelo sr. Nestor Fogaça e seu Secretário J. C. Gomes, estão desenvolvendo forte trabalho junto a pessoas ligadas à situação governamental, para a remoção de todos os servidores públicos  que não pertençam àquelas três legendas, sendo aí, perante o sr. Governador, mesmo em contrário, às vezes a Comissão Executiva do P. S. P., seu patrono o deputado Diógenes de Lima, que vem obtendo do governo, contra a lei e o direito, os maiores absurdos".  -----------------------


Também sobre Aristeu Válio, no "Estadão" de 11 de março de 1.953, no "Notícias do Interior", página 9:
A CASSAÇÃO DE VEREADOR DA CÂMARA DE SÃO MIGUEL ARCANJO 


Em 6 de dezembro último, a Câmara Municipal cassou o mandato do vereador Aristeu Válio, da coligação UDN-PTB.
Não se conformando com essa decisão do Legislativo, o edil impetrou mandado de segurança contra o ato da Câmara e contra a aprovação do projeto número 95/52, que autorizava o prefeito municipal a contrair um empréstimo de 2.566.600,00 com a Caixa Econômica Estadual.
Em sentença datada de 21 de fevereiro último, o Juiz de Direito da Comarca de Piedade, com jurisdição na de Itapetininga, deu ganho de causa ao impetrante, decretando a nulidade da cassação e da lei número 95/52, aprovada em virtude de referida cassação.



E ainda, no "NOTÍCIAS DO INTERIOR", de 23.04. l.953, Estadão:

NÃO SE REÚNE A CÂMARA DE SÃO MIGUEL ARCANJO - Não se sabe porque a Câmara Municipal desta cidade não vem funcionando há mais de dois meses.
Segundo consta, de fonte fidedigna, uma vez reunida a Edilidade com a maioria do PSP, será novamente cassado o mandato do vereador Aristeu Válio, por ser ele o único vereador que vem demonstrando ao povo, através de discursos e outros meios, as irregularidades que se vem observando desde a administração passada.

Como vereador no ano de 1.957, Aristeu pediu informações sobre as obras de ampliação do Grupo Escolar, sobre a folha de pagamento de 1.955 e salários dos funcionários da Prefeitura local, sobre o reajuste dos salários dos seus mensalistas e diaristas. Todos esses requerimentos foram negados pela maioria dos vereadores, na hora da votação.


UMA CARTA DELE:

"São Miguel Arcanjo, 25 de janeiro de 1.951.
Exmo. Sr. Dr. Ricardo Gumbleton Daunt.
São Paulo.

Venho, pela presente, embora um tanto tarde, acusar o recebimento de sua prezada de 5 de setembro último e agradecer em nome da família a solicitude com que V.Excia.se interessou pelas providências a respeito do assunto de nosso pedido constante da carta de 5/8/50.
Em nome de todos da família e em meu especialmente, vimos, sinceramente e emotivamente penhorar a V.Excia. os nossos fracos, porém, sinceros agradecimentos pelo desfecho que teve a questão de falsidade que em brilhante decisão do sr. Diretor do Laboratório de Polícia Técnica, veio,com grande justiça, esclarecer a verdade ante os nossos desprezíveis detratores.
Não temos palavras para estes agradecimentos, mas rogamos a Deus em nome do nosso saudoso pai e chefe, falecido, talvez pelos efeitos dos golpes desses miseráveis, que derrame as suas bênçãos e que vos conserve com saúde e felicidade para os restos de vossas preciosas vidas.
Queira V. Excia. dispor do amigo sincero ás ordens.
Respeitosas saudações.
a) Aristeu Válio. "

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DE QUANDO VEREADOR, A HOMENAGEM DE ARISTEU VALIO À MEMÓRIA DE ARMANDO DE SALLES OLIVEIRA.


Na sessão de 16 de junho de 1.952, a Câmara Municipal de São Miguel Arcanjo prestou significativa homenagem à memória do eminente homem público, dr. Armando de Salles Oliveira, consignando em ata um voto de saudade pelo transcurso do sétimo aniversário de sua morte. 
Falando na ocasião, o senhor Aristeu Válio, da bancada da U.D.N., proferiu o seguinte discurso:
" Causou-me viva impressão a atitude de deputados da Assembleia Legislativa, verdadeiros cultores da democracia em nosso Estado, ao apresentarem um projeto de lei, na sessão de 16 de maio, denominando de "Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira", a Cidade Universitária de São Paulo, em construção na Capital.
Bem merecida foi essa lembrança em homenagem ao paradigma da democracia brasileira, o inesquecível dr. Armando de Salles Oliveira, o fundador da Universidade de São Paulo.
São Miguel Arcanjo não pode deixar de prestar-lhe homenagem, porque os seus filhos receberam um grande benefício desse inolvidável vulto, que repousa a vida eterna junto ao Todo Poderoso para a glória de seus feitos aqui na terra.
Quando de seu período governamental, em 1.936, mais ou menos, obteve a construção de seu almejado Grupo Escolar, derivado da verba para 12 grupos que seriam construídos em municípios paulistas.
Para esta obra, contribuíram também os drs. Oscar Machado de Almeida e seu irmão Elias Machado de Almeida, e os saudosos ex-prefeito e ex- presidente da Câmara Municipal, Edwirges Monteiro e Luiz Válio.
Minha impressão deteve-se, também, na forma democrática e patriótica da apresentação do projeto de lei acima referido, pois, num movimento apolítico e, talvez, inédito, esse projeto e a respectiva justificativa receberam as assinaturas dos deputados pertencentes a todas as correntes partidárias.
Assim sendo, julgo que São Miguel Arcanjo também deve prestar homenagem à memória de Armando de Salles Oliveira, porque dele recebeu um grande benefício, cujos resultados se depreendem da sadia acomodação de nossos filhos no majestoso edifício do Grupo Escolar".

Fonte: Estadão, de 27 de junho de 1.952.



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No jornal Folha de Itapetininga, de 30 de março de 1957, Aristeu Valio escreveu na Seção Livre um depoimento público:
                                              
SEÇÃO LIVRE
ARISTEU VÁLIO 

"Tem a grata satisfação de comunicar aos seus diletos amigos de sua terra, São Miguel Arcanjo, de Itapetininga e demais cidades circunvizinhas, aos seus correligionários políticos, especialmente às Autoridades Judiciárias da Comarca e, distintamente aos seus amáveis colegas, servidores da Caixa Econômica do Estado, enfim, a todos quantos possam interessar, que, a propósito de haver sido denunciado pelo crime de falsificação ideológica, em fins de 1954, na Justiça Comum, na Caixa Econômica onde exerce sua profissão, e na Justiça Militar, por um cidadão, adversário político e inimigo capital, teve conhecimento, através de seu advogado, Dr. Lauro de Assis Brasil, do exame do documento objeto da denúncia, procedido a seu requerimento no Laboratório da Polícia Técnica do Gabinete de Investigações do Estado, cujo resultado do referido exame acusou o laudo seguinte: NEGATIVO, razão porque faz esta comunicação, impulsionado pela sua nobreza de caráter, dignidade pessoal, honradez e honestidade no trato das coisas públicas e no combate aos desonestos e criminosos profissionais do bem público, bem assim, para com esse gesto, limpar sua honra perante sua família, seus parentes, e todos com quem mantém relações de amizade.
Dessa forma, orgulhosamente e de consciência tranqüila, faz esta comunicação para dizer que: NÃO FOI ELE, ARISTEU VÁLIO, que falsificou a assinatura do responsável das denúncias caluniosas a sua pessoa.
Assim sendo, continuarei, como vinha fazendo sem interrupção, sempre no mesmo labor, em defesa dos oprimidos e no combate às irregularidades administrativas a bem comum do povo de sua terra e do nosso querido Estado.
Com os cumprimentos, também, ao denunciante, subscreve-se, Aristeu Válio, vereador municipal."

Consta que em 1.956 o lixeiro Luis Seabra foi demitido pela Prefeitura e nunca indenizado só porque mantinha relações com Aristeu Válio, Luiz Valio Júnior e outros poucos políticos da Oposição.

Em 1.957, numa sessão da Câmara, o vereador Antonio Ferreira Leme disse que o Aristeu Válio não auxiliava ninguém, que ele era tão humano que até proibiu os pobres de tirarem água dos seus terrenos, tendo a Prefeitura que fazer um poço para socorrer esses pobres.

Um cúmulo isso!
Quem tinha a obrigação: o Aristeu ou a própria Prefeitura?
Aproveitando a deixa, o presidente da Câmara, Wadih Hakim, aliás, de uma Câmara refém do Executivo, dizia que a oposição só sabia criar encargos ao município, apenas com fins eleitoreiros, mas nunca apresentava medidas construtivas. 
Em sua sagaz ‘sabedoria’, Wadih afirmava ainda que ‘deveríamos seguir o exemplo do grande Governador Jânio Quadros que não perdoa ninguém, todos tem que pagar, pouco ou muito que seja devido ao Estado’.
Nestor Fogaça nunca se propôs a dar satisfações à Câmara ou a qualquer Vereador e muito menos a qualquer Cidadão, a respeito da folha de pagamento da Prefeitura e dos salários que repassava aos tantos subordinados seus.
Aristeu foi Presidente da Câmara, tendo como vice o José Ramos, 1º. Secretário o Reynaldo Fogaça e 2º. Secretário o Anízio Domingues. Na ocasião de sua posse, usou da palavra para enaltecer o acontecimento, fazendo referência aos muitos dignos cidadãos que passaram pela Presidência da Câmara, destacando as personalidades, entre outras, do seu grande amigo, falecido Nestor Fogaça e a de seu pai, o Major Luiz Válio, os quais ocuparam aquela presidência e os cargos de Prefeito por longos anos..
Ainda Aristeu escreveu uma carta à redação da Folha de São Miguel Arcanjo, publicada na edição de 04 de abril de 1.971. Assim:
‘ Ilmo. Sr. Redator Chefe:
Em a coluna ‘cartas à Redação’ publicada na edição de 21 de março de 1.971, tive o ensejo de ler a declaração assinada pelo meu velho amigo Narlir Miguel, em a qual diz, textualmente, que, como correspondente do ‘O Estado de São Paulo’ há mais de trinta anos, nunca enviou notícias sobre política e tão pouco a notícia de cassação de mandato e reintegração do Prefeito local.
Admiro a sua coragem de vir a público para desfazer a autoria de uma publicação de relevante importância para os são-miguelenses, notícia, entretanto, que nada lhe tiraria os seus sentimentos apolíticos, como correspondente do grande Jornal ‘O Estado de São Paulo’.
Como político, acho que o fato de um correspondente de jornal da Capital, escrever sobre acontecimentos políticos de sua circunscrição, parece não ser um mal, pelo contrário, isto vem de encontro à curiosidade e interesse de todos os leitores, que querem, inclusive, saber dos fatos que se transformaram em notícia, sejam eles de quaisquer procedências.
O que me causou espanto, talvez, também aos leitores da ‘Folha’, foi o fato do correspondente do ‘O Estado’, sr. Narlir Miguel, de não haver assinado a correspondência relacionada com o caso da cassação do prefeito, publicada a 20 de fevereiro p.p., naquele jornal, evidenciando-se assim, que a correspondência foi apócrifa ou enviada pelo correspondente de outra cidade, vindo com isto, deprimir ainda mais o brio do nosso povo, que não aceita de forma alguma, interferência de outrem nos assuntos que lhes dizem respeito.
Peço, pois, se possível, a publicação desta para os efeitos desejados.
Apresento-lhes minhas atenciosas saudações.
a)Aristeu Valio 

Certa vez, Miguel Terra Domenici, dentista e vereador, mandou uma carta à redação do jornal Folha de São Miguel Arcanjo, dizendo assim:

São Miguel Arcanjo, 12 de abril de 1.971


Prezado Redator chefe:


Desde o início das atividades desse prestigioso periódico, tenho acompanhado atentamente vossa preocupação de defender os interesses de nosso querido Município. E não será por outro caminho que esse jornal há de triunfar, se não seguindo uma linha cautelosa e coerente com as legítimas aspirações dos são miguelenses.
No entanto, em seu penúltimo número, fiquei perplexo ao ler algumas linhas escritas por quem está habituado a apagar fogo com gasolina. Peço-lhe, encarecidamente, sustar a publicação de tais matérias, pois não contribuem em nada para o nosso progresso; atitudes ROSALIESCAS não constroem. Não publique nada, mesmo que seja para perder uma ou duas assinaturas...do contrário, esse jornal e o Município perderão muito mais.
Não vou citar nomes para não criar ARESTAS a essa publicação.
VALHO-ME da ocasião para apresentar a V.Sa. meus protestos de estima e consideração.
PEÇO PUBLICAR
Atenciosamente,
a) MIGUEL TERRA DOMENICI

A matéria acima deveu-se à oposição que Aristeu fazia ao prefeito Alcidino França que fora denunciado por uma tal de ROSALIA MOREIRA DA SILVA como ‘alcoólatra inveterado, sem moral, possuindo mais do que uma família com filhos ilegítimos e dado a conquistador com mocinhas, algumas menores’.
O prefeito foi absolvido, pois o prazo de 90 dias havia passado e os vereadores foram afastados por dois anos, entre eles, Aristeu Válio.
Aristeu faleceu em 23 de maio de 1.978.

3 - Moacyr Válio


Apelidado de Pio, era secretário do periódico ‘O Pirralho’, que tinha a direção de Cassiano Vieira no ano de 1.923. Bem nessa época, jogava no time do Operário Futebol Clube.
Era músico.
Chamado de ‘Pai dos Pobres’, a exemplo do pai também foi um grande curador, utilizando ervas nos medicamentos que eram fornecidos aos doentes que o procuravam constantemente. 
Meisinhas ele sempre fazia e cedia gratuitamente aos doentes.
Um testemunho sobre ele foi dado por Igino de Medeiros, aposentado do Banespa e atualmente proprietário de uma barbearia próxima da Praça Tenente Urias. 
Com apenas 16 anos de idade, sua mãe Alexandrina Fonseca casou-se com Joaquim José de Medeiros e foram morar no bairro de Capão Rico. 
Ambos eram apaixonados por crianças, no entanto, os quatro primeiros filhos nasceram mortos e o quinto viveu por alguns meses apenas. 
Aos 42 anos, Alexandrina deu à luz ao sexto filho, o Igino, que, quando pequeno, sofria de reumatismo. 
A família buscou ajuda de Moacir Válio e IGINO FOI CURADO POR ELE.
Moacir teve casas de comércio em Guararema e na cidade. 
Na zona urbana, residiu na mesma casa onde abriu seu comércio, na esquina da Avenida Nestor Fogaça, à direita da cadeia pública em São Miguel Arcanjo (foto).





Bebia demais. E quando acontecia de exceder, costumava fazer escândalos pelas ruas.
Casado com Sebastiana de tal, logo se separaram; não tiveram filhos.
(A filha Maria Luiza Válio Livieri)
Separado da legítima esposa, manteve alguns relacionamentos, dos quais resultaram alguns filhos: Maria Aparecida, já falecida, que foi criada pelo casal Miguel Ibrahim, conhecido como Miguel Doce - que se casou com Antonio Barbosa e tiveram quatro filhos; Joãozinho de Tal, que não deixou rastros; Miguel Válio que foi criado em Capão Bonito pelo casal de tios João Aleixo Vaz, mais conhecido como João Satiro e Cynira Válio Vaz; atualmente reside em Itapetininga, à Rua Hélio Ayres Marcondes, 85, no Bairro Taboãozinho e tem os filhos: Josimara Aparecida Valio, Josiel; Angelino Válio foi criado em Capão Bonito pelo mesmo casal anterior, hoje residente em Araraquara; e Maria Luiza Válio Livieri, esta criada na capital pelo casal de tios Sílvio Livieri e Maria de Lourdes Válio Livieri, foi por eles adotada. 
Maria Luiza nasceu a 20 de dezembro de 1.958 em São Miguel Arcanjo e tem uma filha; residem em Jundiaí. 


Angelino Valio nasceu em São Miguel Arcanjo no dia 5 de abril de 1.956; é aposentado do Banespa.


Os filhos de Angelino Valio: Ghe e Conrado.

Angelino Valio, a filha e a neta Lívia

4 - Cynira Válio Vaz


Apelidada de Lili, casou-se com João Aleixo Vaz, conhecido como João Satiro, nascido em Capão Bonito aos 09 de abril de 1.909, e para lá transferiu sua residência. Como ela era mais velha do que ele três anos, andou alterando sua idade no documento de identidade. Consta que João Satiro, na década de 30, substituiu a professora Floriza nas Escolas Reunidas de São Miguel Arcanjo localizada à Rua Siqueira Campos. Um dos castigos que ele freqüentemente aplicava aos alunos mais rebeldes era fazê-los segurar uma régua de madeira, metro e meio, com o braço estendido feito estátua, pela hora do recreio, e pelo tempo por ele estipulado.
No ano de 1.934, João Aleixo Vaz participou, ao lado de João Arruda, Nagib Ozi, Virgílio Lírio de Almeida, Abílio Mendes, Francisco Cacciacarro, Júlio de Souza Galvão, João Venturelli, e outros, de uma Comissão que tinha a finalidade de arrecadar fundos e adquirir um terreno para que nele se construísse a Santa Casa de Misericórdia de Capão Bonito, que nasceu legalmente aos 08 de agosto de 1.936.
No ano de 1.942, é lançada a primeira pedra fundamental, tendo á frente o Padre João Moderiano. No ano de 1.943, sob o comando do seu primeiro provedor, Cônego Luiz  de Almeida Moraes, o prédio da Santa Casa foi inaugurado. Os primeiros médicos a prestarem serviços junto à entidade, foram os doutores Eugênio Vaz Sampaio e Cid de Mello Almada. 
Em 1.938, João Aleixo foi nomeado para o cargo de suplente do Juiz de Paz do distrito da sede da comarca de Capão Bonito.
O casal João Satiro e Cynira era muito querido em Capão Bonito.
Um dos hobbys de João Satiro era a caça.
Adhemar Pereira de Barros, quando governador dos paulistas, sempre visitava o casal. 
Criavam tartarugas no quintal. Moravam na Praça da Matriz. Tiveram os filhos: Octávio Aládio Vaz, Francisco Vaz, Antonio Vaz e Therezinha Vaz. 
O filho Octávio
O casamento de Octávio
Octávio Aládio, advogado, mora em Curitiba, onde se casou com Neiva; um dos seus filhos tornou-se padre.

O filho Francisco
Francisco reside em Lajes, Santa Catarina. Também advoga,  é casado e tem geração. Antonio casou-se com Nair; a saudosa Therezinha casou-se com Orlando Venturelli, também falecido, que foi um grande farmacêutico de Capão Bonito, e tiveram três filhas: Ivete Benedita, Maria José e Maria Teresa.

João Satiro faleceu em 05 de abril de 1.968 e Cynira jamais voltou a se casar, falecendo quase trinta anos depois dele.

João Aleixo Vaz empresta seu nome a um logradouro público em Capão Bonito.


5 - Maria de Lourdes Válio




Enquanto solteira e residente em São Miguel, lecionava; consta que no ano de 1.931 substituiu o professor Benedito Peixoto da Silva nas Escolas Reunidas.
Casou-se com Sílvio Livieri, um ferroviário de Itapetininga, e foi residir em São Paulo. 
Tiveram três filhos: Sildes, Míriam Lúcia, nascida em 4 de junho de 1.947 e Luiz Antonio, nascido em 4 de julho de 1.948. 
Sildes casou-se com uma viúva rica, de quem separou-se; tiveram uma menina. Levou sempre uma vida agitada temperada com drogas e prostituição. Advogado, perdeu sua carteira da OAB justamente por um crime que praticara em São Paulo. Sildes residia na Estrada de Pernambuco, 295, apto. 33, no Guarujá.
Miriam Lúcia Livieri, tornou-se professora e foi proprietária de uma creche-escola, onde teve um aluno, hoje famoso ator de novelas, filho de sua amiga Pepita Rodrigues, o Dado Dolabella. Míriam permaneceu solteira, muito embora tivesse tido várias oportunidades de casar-se e muito bem; entre seus namorados, o político Castelo Branco. Residiu na Avenida Giovanni Gronchi, 4381, aptos 118 e 119, depois que vendeu a casa dos pais, à Rua Carlos Sampaio, 118, apto.104, em São Paulo. Sua parte como co-herdeira no Sítio Bom Retiro, em São Miguel Arcanjo, vendeu-a para a família Felippe de Moraes. 
Luiz Antonio suicidou-se na década de 80 em Ribeirão Preto, onde morava, deixando mulher e filhos. Era empresário: fabricava cadeiras de plástico.
Veja convite de aniversário de Mirian e Luiz Antonio no ano de 1.950, época em que residiam em Itapetininga.

















6 - Maria Apparecida Válio

Na direção da Cruzada Eucarística








Embora tivesse um grande amor na sua vida chamado Ari Pintoni, permaneceu solteira e não deixou geração. 

No ano de 1.931 foi recebida como aspirante na Congregação das Filhas de Maria, conforme diploma assinado pelo Monsenhor Henrique Volta. 


(com amigos na antiga balsa de Iguape) 





Formou-se professora primária em 1.966 na Escola Normal Particular da Organização Sorocabana de Ensino. Lecionou no ano de 1.959 na Escola de Abaitinga. Ao tempo do padre Francisco Ribeiro, juntamente com Isabel Terra, encarregava-se de serviços voluntários na paróquia. Tocava órgão e ensinava o Catecismo para as crianças. Nas procissões do Senhor Morto, as tradicionais procissões do Enterro, ela fazia o papel de ‘Verônica’, pois cantava lindamente, desenrolando um pano com a efígie de Jesus. Conforme as Escrituras atestam, ‘Verônica’ é quem enxugou o rosto de Cristo na sua caminhada rumo ao calvário final. 

Nessas procissões, antigamente mais fervorosas do que hoje, alguns sacerdotes vestidos de dalmática, tendo as cabeças cobertas com amitos, carregam o esquife de Jesus. Logo atrás, as três Marias e a Verônica, toda de preto, o rosto escondido por um véu, que se levanta, de vez em quando, para entoar com grande emoção: ‘ ...Vos omnes qui transitis per viam...’ Mais atrás, vem a Guarda Romana, com todos os seus homens uniformizados, tendo à frente o Centurião, sempre representado por um sujeito agigantado, que marcha lentamente, dando longas pernadas, gingando o corpo e batendo com força o cabo da lança no chão. Esse bloco é apelidado de ‘Judeus do Carmo’ e costumeiramente são maltratados pelos moleques no sábado da Aleluia.

Aprendeu a tocar órgão com a madre Julina no Colégio Imaculada Conceição, de Itapetininga e música com o Maestro Joaquim Ortiz de Camargo. 
Foi diretora da Cruzada Eucarística e participante do Cursilho de Mulheres na Diocese de Sorocaba. 
Lembranças guardadas por ela do Padre Humberto Ghizzi:



E a dedicatória num cartão de Natal que ele enviou a ela:

Um passeio na Praça  Duque de Caxias, em Itapetininga
No ano de 1.947, depois de haver feito o noviciado e de acordo com as normas do regulamento, foi recebida na Congregação das Filhas de Maria, na Matriz de São Miguel Arcanjo, conforme diploma assinado pelo padre Francisco Ribeiro. Paralelamente à catequese, também ministrava aulas particulares como Leiga. Naquele tempo, chamava-se ‘leigo’ ao cidadão que, mesmo sem ter diploma, era contratado pela Prefeitura do município para alfabetizar.
Foi graças ao valor recebido com a transação de um imóvel herdado do pai que concluiu o Curso Colegial de Formação de Professores Primários em 1.966, na Escola Normal Particular da Organização Sorocabana de Ensino. Quando esteve frequentando o curso em Sorocaba, lá morou com a família Dias de Souza, a quem pagava uma pequena quantia mensal, numa casinha ao lado do Fórum local.
Um diploma:



Outro diploma:


O Curso de Pedagogia foi concluído em Itapetininga. 
Além da Escola José Gomide de Castro, também lecionou em bairros são-miguelenses como: Taquaral Acima, Turvinho, Turvo dos Hilários e Cerrado dos Touros.

A formatura da 8a.série; ao lado do padrinho:


Em 1.974, formatura da Faculdade de Filosofia Pedagógica em Itapetininga.




7 - Luiz Válio Júnior









Apelidado de Gijo Válio, nasceu aos 26 de novembro de 1.921. Casou-se no dia 04 de novembro de 1.950 com Maria Olímpia de Jesus, nascida em 01 de julho de 1.934, ela que fora ‘adotada’ por aquela que se transformaria em sua sogra. O Juiz de casamento da época era Antonio Arantes Galvão. O registro levou o número 1.195, e está às fls. 104 do Livro B-9 no Cartório de Registros de casamentos de São Miguel Arcanjo. Foram testemunhas: Alcindo Lopes de Almeida e Sílvio Livieri, seus cunhados. 
Maria Olímpia era filha de Pedro Fernandes e Ana Maria do Espírito Santo. 
Tiveram oito filhos: Luiza, Lúcia, Lígia, Laura, Lurdes, Geraldo, Gilberto e Lenita Valentina de Jesus Válio, esta em homenagem à grande escritora da época, Lenita Miranda de Figueiredo e à primeira mulher que foi ao espaço, a russa Valentina.

Luiza permaneceu solteira e tem apenas um filho, Odirlei Válio da Conceição, nascido em 1º. de fevereiro de 1.983, filho dela com João Pires da Conceição, com quem se conviveu em São Paulo durante quatorze anos anos.
Lúcia também não se casou e teve um filho, Rony Válio Martins, com um paranaense com quem foi amasiada durante muitos anos no município de Mandaguari, no Paraná.

Lígia casou-se com Aristeu Rosa Vieira, nascido em 14 de junho de 1.955 e falecido em 04 de maio de 1.989, de causa ignorada. Tiveram cinco filhos: Márcio, Marcelo, Marcel, Marcos e Mônica.
Laura casou-se com Joaquim Domingos da Rocha, de quem se separou, depois de terem dois filhos: Thaís Aparecida e Thales Válio da Rocha. 
Lurdes casou-se com Valter da Silva, com quem teve uma filha, Simone. Separando-se dele, amasiou com Ademir, o pai de Gabriel Arcanjo Válio. Simone teve dois filhos: Alberto Júnior, filho de Alberto; e Maria Eduarda, filha de Marcos, nascida em 03 de julho de 2.002, exatamente dois dias depois do último aniversário da bisavó Maria Olímpia.
Geraldo formou-se Bacharel em Direito na Fundação Karnig Bazarian, foi funcionário do Bradesco, agência São Miguel Arcanjo, Inspetor de Alunos e hoje é empresário no ramo de madeiras, residindo atualmente em Itapetininga. Teve três filhos com Marli Aparecida Ferreira: Luis Fernando, Lucas e Luan Ferreira Válio. No ano de 1.996, saiu candidato à vereança sob no. 15.680, pelo PMDB. Seu ‘slogan’ era: Renovação e Honestidade. 
Gilberto casou-se com Agda Aparecida de Proença com quem teve um filho, Allison. É comerciante: tem uma loja de utilidades domésticas e uma pequena Lan House.
Lenita Valentina casou-se com Michel Tarabay, com quem teve uma filha, Bruna de Jesus Válio Tarabay. Separou-se do marido e, amasiada com Nicolau Roque Ferreira, teve o menino Jorge Nicolau Neto que leva o mesmo nome do avô paterno, natural de Taquaral Abaixo, município de Capão Bonito, casado com Maria Ferreira. No ano de 2.009, Jorginho foi classificado e representou a Escola ‘José Gomide de Castro’ num concurso patrocinado pela TV TEM. 
Gijo faleceu em São Miguel Arcanjo aos 06 de agosto de 1.991 às 8:15 horas de infarto agudo do miocárdio. 
Sua esposa, Maria Olímpia, aos 09 de outubro de 2.002.

Sobre a sua vida e seus escritos há uma obra sendo escrita por sua filha e herdeira intelectual, Luiza Válio, a ser publicada, futuramente; seus artigos e sua vida estão no blog LUIZ VALIO JÚNIOR, O GIJO.

8 - Myriam Lucy 


Na primeira foto, Myriam, apelido Quica, de óculos, ao lado da irmã Marina, do cunhado Nestor e da sobrinha Maria Salete. Em seguida, a foto do marido, Alcindo Lopes de Almeida.





Myriam casou-se com um negro, Alcindo Lopes de Almeida, de Capão Bonito, e tiveram seis filhos: Luiz Francisco, Norma Lydia, Maria Gorete, Maria do Carmo, Júnior e Myriam. 
Alcindo, conhecido por Doca, era alfaiate. Morreu num horrível desastre de automóvel que chocou tanto a cidade que a Prefeitura Municipal decretou três dias de luto em suas repartições.
Era muito querido.
Faz parte do acervo de Luiza Válio, uma cautela do Consórcio Paulista S.A., Casa de São Paulo, em nome de Myriam que leva o número 5.717, equivalente a uma ação no valor de 20 mil réis, com o carimbo do Banco Agrícola de Itapetininga, T.C. 5102, datado de 19 de agosto de 1.935.
Pela lei 3.468, de 30 de novembro de 2.010, a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Municipais localizada à Avenida Santos Dumont, s/n, na Vila Bela Vista, em Capão Bonito, ficou denominada "Alcindo Lopes de Almeida (Doca). 
As fotos a seguir são do álbum deixado por Marina Válio França:
1. Quica e os filhos Norma Lydia e Luiz Francisco;
2. Norma Lydia;
3. Norma, Luiz Francisco e Marinês França;
4. Maria Gorete e Miriam;
5. maria Gorete;
6. Miriam.








9 - Marina Branca Válio França





Quando foi aluna das Escolas Reunidas, em 1.937, Marina participou de uma peça teatral intitulada ‘A Bandeira do Brasil’, junto com Bráulia Diniz, Olga Idálio e Maria Aparecida Silva, em homenagem à data da Independência do Brasil no dia 7 de setembro. Também foi classificada em terceiro lugar com 14 pontos, ao lado de Antonio Kamimma, Horácio Correa de Oliveira e Edith Silva num concurso de História Pátria instituído entre os alunos do Grupo Escolar. Casou-se com Nestor França e tiveram cinco filhos: Maria Inês, que se casou com um médico paulistano, Walter Rodrigues e tiveram um casal de filhos; Maria Regina: professora, lecionou em diversas escolas da Capital depois de atuar como Diretora na Escola ‘Nestor Fogaça’ de São Miguel Arcanjo, onde também estudou; é solteira; Maria de Fátima, que se casou com um primo, Antonio Cláudio Nogueira e tem uma filha, Beatriz França Nogueira; Nestor França Júnior que também casou-se e tem alguns filhos de outras relações; e Maria Salete. A filha Maria Regina foi a primeira baliza à frente da fanfarra da escola ‘Nestor Fogaça’ nos diversos desfiles comemorativos anuais. Nestor França Júnior foi candidato a vereador pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro e saiu com o número 15.692, tendo como candidato a Prefeito seu cunhado, Policarpo Torrel Neto, casado com Maria Salete, e como vice, Ângelo Ramos.
Desde pequeno, França Júnior gostava de criar pombos e piranhas em tanques e hoje é proprietário de um pesqueiro próximo à cidade denominado Pesqueiro ‘Santa Edwirges’. 
Na década de 60, era comum haver bailinhos na garagem de sua casa e lá se reunia toda a rapaziada da época, o Ari da Droga Lima, o Auro Terra, já falecido, vítima da Aids, o Miguel Terra, todos violonistas. 
Nestor França, o pai, faleceu em 09 de fevereiro de 1.995.




Na foto acima, Marina com seu netinho Frederico, ao lado da irmã Maria Válio, na praia.




Ano de 1.959 na residência de Marina Branca, por ocasião do segundo aniversário de Maria Salete. Os homens:Luiz Valio Júnior e José Adriano Valio; suas irmãs Marina Branca Válio França e Myriam Luci Lopes de Almeida; o esposo de Lourdes Válio Livieri; os netos do Major Luiz Valio: Therezinha Válio Vaz Venturelli, Maria Regina Valio França, Maria de Fátima Válio França, Nestor França Júnior, Ivete Benedita, Maria José, Maria Tereza Venturelli, Luiza Valio, Lúcia, Lígia, Lurdes Válio, Luiz Antonio Livieri, Maria do Carmo, Mirinha. 

 

10 - José Adriano Válio



Aos nove anos, declamou uma poesia intitulada ‘A manhã de Zezinho’, por ocasião da homenagem de sua escola ao 7 de setembro de 1.937. 
Em sua mocidade, foi exímio dançarino. 
Quem o conheceu nessa fase foi o Juiz são-miguelense Dr. João de Oliveira Rodrigues que costumava dizer que nos salões de baile da cidade de Santos, era comum ver as pessoas pararem de dançar para prestigiar as performances de José Adriano.
Casado com Elza Loureiro de Camargo Válio, que foi funcionária pública atuando no âmbito escolar, teve três filhos: Luiz Válio Neto, Marcos e José Adriano Válio Júnior (foto ao lado).
Internado algumas vezes por problemas mentais, viveu metade de sua vida utilizando-se de remédios controlados.