segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

LUIZA VALIO


Natural de São Miguel Arcanjo, Luiza de Jesus Valio nasceu aos 12 de setembro de 1951.
Filha primogênita de Luiz Válio Júnior e de Maria Olímpia de Jesus Válio, é neta do Major Luiz Válio que detém uma cadeira junto ao Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga, ele que se casou com Cirila Nogueira, natural de Sarapuí, da mesma árvore genealógica do Tenente Urias Emygdio Nogueira de Barros, um dos primeiros proprietários da "Fazenda Velha", que pertenceu ao município de Itapetininga até o ano de 1889 e se tornou parte de um novo município no ano da proclamação da República.
Tanto o Major quanto o seu filho Luiz Válio Júnior, apelidado de Gijo Válio, foram, além de políticos e visionários, os maiores intelectuais que São Miguel já possuiu em todos os tempos. 
Luiza frequentou o Grupo Escolar "José Gomide de Castro", que também sediou por algum tempo o Ginásio Estadual de São Miguel Arcanjo, e mais tarde foi denominado Ginásio Estadual "Virgílio Maynard" já em sede própria, e, afinal, Ginásio Estadual "Nestor Fogaça". 
O Curso Normal ela o fez em Itapetininga, no Instituto de Educação Estadual "Peixoto Gomide", formando-se professora primária em 1970. 
Durante dois anos lecionou na Fazenda Cereser, situada no Bairro do Facão, município de São Miguel Arcanjo. 
Estudou Ciências Jurídicas na Faculdade “Karnig Bazarian”, de Itapetininga, onde bacharelou-se em Direito no ano de 1974, porém, jamais exerceu a advocacia, preferindo fazer sua vida em São Paulo para onde partiu logo após ter realizado um Festival de Música Popular em São Miguel Arcanjo, de cunho beneficente, no mês de setembro de 1.975, onde conseguiu arrecadar alguma verba para auxiliar a Associação Beneficente "Menino Jesus de Praga", da qual foi secretária e co-fundadora. 
Referida entidade, alguns anos mais tarde, mudou seu nome para Movimento Jovem de Assistência Social, quando então alguns políticos e funcionários públicos acabaram ingressando e fazendo parte da sua diretoria a fim de auxiliarem ao presidente Brás Alves Munhoz, conhecido como Brás da Banda, de nenhuma letra. 
Anos mais tarde, uma família que veio de fora, através da documentação legalizada da entidade, acabou trazendo para São Miguel Arcanjo uma rádio. 
A entidade assistencial deixou de existir.
Uma vez na capital, Luiza trabalhou por mais de vinte anos divididos entre Editora Abril Cultural, Casa Anglo Brasileira (Mappim Magazine), Banco Itaú, Banco Mercantil de São Paulo, Abimco - Administradora de Bens Imóveis, anexada à Imobiliária Sucar - construtora - e na Imobiliária Digimóvel Ltda., no Itaim Bibi, onde chegou a ser Gerente Administrativo.
Em São Paulo conviveu com João Pires da Conceição e tiveram apenas um filho, hoje com trinta anos de idade.
Primeiramente residiram no Parque Santo Antonio, região de Santo Amaro, mas em 1.983 passaram a morar na Rua Fernão Dias, 457, apto. 44, em Pinheiros, a alguns metros da Igreja Nossa Senhora de Monte Serrat.
Luiza nunca esqueceu a sua terra natal; sempre escrevendo para os jornais e em todos os fins de semana viajando até lá. 
Ao voltar definitivamente para São Miguel, em 1997, continuou a escrever para o jornal “A Hora de São Miguel Arcanjo", nos mesmos moldes polêmicos de seu pai, grande jornalista autodidata. 
Teve os seguintes pseudônimos: Amélia Bento, LV, Ferdinanda Cipó, Cavaloverde, Jota Brasil, Faísca, o Repórter, Faísca, o Repórter de Olhos Verdes, Tico-Tico e outros. 
Em 1997, por alguns meses, foi diretora responsável pelo "Jornal Cidade", em Itapetininga, onde criou diversas seções.
No ano de 1999, ao lado de Miguel Terra, Roberto e Madalena Mendez, criaram um programa na Rádio Central da cidade, - pirata, claro -, que deu o que falar, até que políticos como o prefeito Luiz Gonzaga Albach e o presidente da Câmara na época, Davilson José Cavalheiro, hoje residindo em Portugal, contando com a ajuda do deputado estadual Campos Machado, mandaram fechá-la.
Luiza encetou uma luta intensa pelo resgate histórico e cultural da sua cidade e, juntamente com a professora Maria Perpétua Nogueira de Almeida, e a seu pedido, fundaram a "Associação Casa do Sertanista de São Miguel Arcanjo", que abriu suas portas ao público no ano de 2000, com o lançamento de um livro de poemas de Armando Fogaça. 
A amiga Maria Perpétua, com um acervo museal bastante rico, e Luiza com a intenção de fundar uma Biblioteca, graças ao sonho e à vontade férrea, e sem nenhuma ajuda externa, conseguiram presentear a cidade com o maior sonho de suas vidas: um Museu e uma grande Biblioteca abertos ao público, sem cobrança de ingresso ou de empréstimo pelas obras do acervo.
A Biblioteca chegou a possuir mais de 12 mil volumes. 
No ano de 2002, ao lado de Maria Perpétua, foi Secretária do Projeto Comunidade Solidária, idealizado por Ruth Cardoso, saudosa esposa de Fernando Henrique Cardoso, que não logrou êxito, visto que o povo de São Miguel Arcanjo não estava preparado e ainda não está para caminhar sem a ajuda dos poderes constituídos. 
Para contar a história de São Miguel Arcanjo, Luiza foi atrás de fatos e de antigas fotografias, de histórias e estórias as quais foram publicadas no jornal "A Hora", já referido, durante quatro longos anos, sob o título "Regressando ao Passado", ou "Memórias da Cidade", e ainda "Memórias de Uma Cidade". 
No ano de 2.005 foi convidada a integrar e ajudou a fundar, o Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga e região, ao lado de alguns maçons. 
No final do ano de 2008, toda a região ficou sabendo que, além de ser auto cognominada de Capital da Uva Itália, São Miguel Arcanjo possuía também um acervo invejável para a Humanidade, um museu particular, claro que necessitando do auxílio de todos os moradores do lugar. 
Luiza gosta de afirmar que foi uma das mais belas reportagens feitas até hoje pela TV TEM sobre a cidade de São Miguel Arcanjo. 
Existem muitos outros projetos em andamento, como o Projeto Nove de Julho, que marcou seu território em terras públicas e visa tratar desde o meio ambiente até as homenagens à histórica revolução constitucionalista de 9 de julho de 1.932, e que também necessitam de apoio. 
- "Oxalá consigamos", como sempre diz Luiza!


No ano de 2.009, com problemas nas coronárias, depois de submeter-se a um cateterismo, dispôs-se a escrever e no ano seguinte publicou alguns livretos com a ajuda de comerciantes locais e de alguns cidadãos.

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