Era filho de Dom Francisco Domingos Vito Paschoal Valio Trombetti, conhecido como Francisco Domingos Valio e ainda Domingos Trombetti, e de Anna Maria De Bôno Giudice, ambos italianos.
Segundo escritos deixados pelo seu saudoso sobrinho Luiz Válio Júnior e confirmados por outra sobrinha que ainda vive, Marina Branca Valio França, ambos de São Miguel Arcanjo, Domingos Trombetti veio sozinho para o Brasil escondido no porão de um navio: havia cometido um assassinato na Itália por força de ideais políticos.
Domingos Trombetti residiu e exerceu a agricultura em São Miguel Arcanjo e alguns anos depois mandou vir a família de Itália composta pela esposa e três filhos: Elias, José e Vicenza Valio.
A fim de agradecer a acolhida no país que escolheu para viver até o fim de seus dias, deu-lhe um filho genuinamente brasileiro. Seu último filho nasceu em São Miguel Arcanjo no ano de 1.880. Chamava-se Luiz.
Os avós paternos de Elias Valio chamavam-se Nicacio Valio, nascido em Athenas, na Grécia, e Vicência di Lucca, nascida em Sicília, na Itália.
Esses dados foram deixados pelo Major Luiz Válio, seu irmão caçula.
Elias Valio era comerciante de armarinhos, fazendas, ferragens e roupas feitas.
Casou-se com Maria Imaculada Genesi e viveram em Pilar do Sul com os filhos: Francisco, Vicentina, Brasilino, Isaltino, Adelina, Ângelo e Gabriel Válio, todos eles de grande expressão social e política.
Elias foi funcionário postal e também político.
Veja uma Ata:
"Ata de 25 de maio de 1892 presidente Padre Vicente Gaudinieri comunicou que iria realizar o benzimento da Pedra fundamental do prédio que seria edificado para acomodar a Casa da Câmara e a Cadeia da Villa, para isso seguiu acompanhado pelos intendentes e por populares procedendo assim o ato em suas vestes sacerdotais.
Houve aclamação e vivas dos populares e isso acompanhado por músicas executadas pela Corporação Musical Progresso Pilarense.
O cidadão Júlio de Campos proferiu um discurso “eloquente” e foi realizada uma saudação ao Presidente do Estado de São Paulo Dr. José Alves de Cerqueira Cézar.
A relação completa dos presentes que assinaram a Ata: Padre Vicente Gaudinieri -Presidente, Antonio Vieira de Quevedo- Vice Presidente, Tenente Antonio Euzébio de Moraes Cunha – Intendente; José Baptista, Julio Francisco de Campos, José Ferreira dos Santos F.; João Manoel de ...; Euzébio de Moraes Cunha; José Ribeiro dos Santos Flora; Caetano Nunes de Proença; José Gassetari; José Rodrigues ....., Manoel Rodrigues de Paula; Elias Valio; Antonio Gonçalves da Paixão; Benedicto de Godoy...; João Batista Machado; Fortunato Pires de Oliveira; Antonio Vieira de Medeiros; Joaquim .... e Aniceto Vieira de Medeiros".
No início de 1.899, Elias estava atuando como Vice-presidente da Câmara de Pilar do Sul.
No início de 1.899, Elias estava atuando como Vice-presidente da Câmara de Pilar do Sul.
O Major Elias Válio teve papel predominante por ocasião das discussões acerca dos limites do município com outros da região, inclusive com São Miguel Arcanjo.
Conforme Ata pesquisada na Câmara Municipal de São Miguel Arcanjo do dia 25 de maio de 1.914, a questão de limites entre os municípios de São Miguel Arcanjo e Pilar do Sul só teve um bom desfecho, porque a arbitragem coube ao presidente do Estado, Washington Luiz Pereira de Souza.
O acordo foi feito no dia 09 de maio de 1.914, às quinze horas e trinta minutos, na casa da residência do cidadão Samuel Nunes Ferreira, no Bairro do Alegre.
Estiveram presentes, nesse dia, representando a Câmara de São Miguel Arcanjo, o Tenente Antonio Fogaça de Almeida, o Coronel João Balduino Ribeiro, o Capitão Arthur das Chagas Monteiro e o Tenente Abílio Ferreira Leme.
Representavam Pilar do Sul, os senhores Majores Euzébio de Moraes Cunha e Elias Válio e o Capitão Eloy Lacerda, integrante da Maçonaria.
Elias Valio faleceu no ano de 1.942; está eternizado num logradouro público de Pilar do Sul.
É a rua onde foi construída a sede social da banda lira da cidade que teve seus filhos, grandes músicos, ativos participantes dela:
Rua Elias Válio, 105.O TÍTULO DE ELEITOR DE ELIAS VÁLIO - frente e verso-
Uma xerox desse documento foi conservada pela sobrinha Marina Branca Válio França, recentemente falecida, a qual hoje faz parte do acervo de Luiza Válio.
O FILHO FRANCISCO VALIO
Francisco Válio nasceu aos 08 de junho de 1.888 em São Miguel Arcanjo.
Tornou-se viajante, trabalhando para a empresa Scarpa, de Sorocaba. Depois disso, passou a dirigir uma turma de trabalhadores na implantação de postes de linha telegráfica por toda a região.
Aos 21 anos de idade, casou-se com Maria Eugênia de Almeida Válio e tiveram 14 filhos: Hilda, Zilda, Aparecida, Benedito, Benedita, Maria dos Prazeres, José, Celso, Elias, João, Maria Therezinha, Maria de Lourdes, Maria dos Prazeres II e Maria Imaculada; sete deles morreram ainda pequenos. Todos eles nasceram em São Miguel Arcanjo.
A filha Zilda casou-se com Joaquim Alves de Lara, filho de Francisco Alves Corrêa e Luiza Fausta de Lara, gente do município de Tietê.
Professora, lecionou na década de 30 no Bairro dos Veados, em Fartura e no Bairro Varginha, em Itapetininga. A foto de sua formatura foi zelosamente guardada pela saudosa prima Maria Aparecida Valio, e agora faz parte do acervo da Família Válio de São Miguel Arcanjo.
Tanto Zilda quanto o seu marido faleceram em Itapetininga, onde residiram.
A filha Hilda Valio também foi professora.
O filho José Válio residiu em Itapetininga. No ano de 1.939 foi contratado para exercer a função de auxiliar de fiscalização de impostos e taxas na cidade de Igaratá, conforme noticiado no "Estadão" de 11.05.1.939. Foi vereador em Itapetininga, na década de 50, ao tempo de Alceu Correia de Moraes, Acácio e Benedito Tambelli, Arnaldo Barreti, Francisco Lisboa, João Arruda, Francisco César Rosa, Miguel Pedro dos Santos Terra, Cesário Leonel Ferreira e outros. Casou-se com Nelide de Almeida Válio, com quem teve os filhos: Marcelo, Reinaldo e Adriana Almeida Válio. Faleceu aos 13 de setembro de 1.984, com 63 anos de idade; teve a nota de seu falecimento divulgada pelo "Estadão".
A filha Maria Therezinha Válio também era professora e casou-se com João Elias de Almeida, que foi fundador da Associação de Contabilistas, membro da diretoria da Associação de Ensino e Tesoureiro da Santa Casa de Itapetininga e que faleceu no ano de 1.999 com 69 anos de idade. Therezinha faleceu em setembro de 2.009, deixando os filhos: João Elias de Almeida Júnior, Guilherme, Eduardo, Maria Lúcia e Rosa Maria.
A filha Maria Therezinha Válio também era professora e casou-se com João Elias de Almeida, que foi fundador da Associação de Contabilistas, membro da diretoria da Associação de Ensino e Tesoureiro da Santa Casa de Itapetininga e que faleceu no ano de 1.999 com 69 anos de idade. Therezinha faleceu em setembro de 2.009, deixando os filhos: João Elias de Almeida Júnior, Guilherme, Eduardo, Maria Lúcia e Rosa Maria.
Em Pilar do Sul, Francisco Valio foi comerciante e político bastante atuante.
No dia 9 de novembro de 1.911 foi exonerado, a pedido, do cargo de Presidente da Comissão Municipal de Agricultura de Pilar do Sul, conforme se insere do jornal "Estadão" desse dia.
Nomeado prefeito em 1.911, renunciou ao cargo na sessão ordinária de 15 de fevereiro de 1.911. A princípio seu pedido não foi aceito pelo vice-presidente da Câmara. Foi apresentada ao plenário uma carta do Presidente Vicente Amaral, que estava ausente, onde pedia para constar em ata a seguinte declaração datada de 11 de fevereiro de 1.911:
Nomeado prefeito em 1.911, renunciou ao cargo na sessão ordinária de 15 de fevereiro de 1.911. A princípio seu pedido não foi aceito pelo vice-presidente da Câmara. Foi apresentada ao plenário uma carta do Presidente Vicente Amaral, que estava ausente, onde pedia para constar em ata a seguinte declaração datada de 11 de fevereiro de 1.911:
“Tendo sciencia que na sessão do dia 15 próximo será lida a exoneração a pedido do cidadão Francisco Válio, do cargo de Prefeito Municipal declaro a mesa que se presente eu estivesse votaria contra o seu pedido de exoneração. Outrossim peço-vos que mandais tomar em acta esta minha declaração. Saúde e fraternidade* .....Vicente Amaral.”
Nada demoveu a vontade de Francisco Valio até que afinal sua renúncia foi aceita pela Câmara pilarense.
Como vereador também renunciou ao cargo em 20 de junho de 1.911.
Tudo por causa de questões sobre o cemitério!
Começou assim:
Na Sessão Ordinária de 20 de Junho de 1911 após a proposta da Comissão de Obras parece que, pelas informações da ata, houve um atrito entre os Vereadores.
O Vereador Francisco Valio solicitou que se oficiasse à Secretaria de Estado do Interior consultando se podia o atual Cemitério continuar em poder da Igreja.
Na sequência, o vereador Henrique Menesine solicitou que fosse votada a proposta da Comissão na forma nominal e parece que isso criou grande desconforto ao Vereador Francisco Válio que, levantando-se, pediu sua exoneração do cargo de Vereador e retirou-se da sala de sessões.
A votação transcorreu assim mesmo e o resultado foi a rejeição por três votos a dois.
Votaram a favor o Vereador Henrique Minesine e Antonio Vieira de Proença e votaram contra José Braga Sobrinho, Antonio Ribeiro de Carvalho e Vicente Amaral.
O Vereador Francisco Valio solicitou que se oficiasse à Secretaria de Estado do Interior consultando se podia o atual Cemitério continuar em poder da Igreja.
Na sequência, o vereador Henrique Menesine solicitou que fosse votada a proposta da Comissão na forma nominal e parece que isso criou grande desconforto ao Vereador Francisco Válio que, levantando-se, pediu sua exoneração do cargo de Vereador e retirou-se da sala de sessões.
A votação transcorreu assim mesmo e o resultado foi a rejeição por três votos a dois.
Votaram a favor o Vereador Henrique Minesine e Antonio Vieira de Proença e votaram contra José Braga Sobrinho, Antonio Ribeiro de Carvalho e Vicente Amaral.
Após os atritos da Sessão Ordinária de 20 de Junho de 1911 o Vereador Francisco Valio declarou sua renúncia ao cargo de Vereador e retirou-se da Sala das Sessões.
Na Sessão de 04 de Julho de 1911 o Presidente declara aberta a vaga de vereador e na sessão imediata, em 18 de Julho de 1911, o Vereador Henrique Minesine propõe que se oficie o cidadão Francisco Valio para que reconsidere a renúncia, porém, o Presidente responde ser impossível, pois, já havia sido declarada aberta a vaga na ata da sessão precedente e providenciado a eleição.
A Câmara aprovou na mesma sessão Voto de Louvor ao cidadão Francisco Válio.
Na Sessão de 04 de Julho de 1911 o Presidente declara aberta a vaga de vereador e na sessão imediata, em 18 de Julho de 1911, o Vereador Henrique Minesine propõe que se oficie o cidadão Francisco Valio para que reconsidere a renúncia, porém, o Presidente responde ser impossível, pois, já havia sido declarada aberta a vaga na ata da sessão precedente e providenciado a eleição.
A Câmara aprovou na mesma sessão Voto de Louvor ao cidadão Francisco Válio.
Mas houve ainda uma última renúncia de Francisco.
Aconteceu na sessão ordinária de 03 de Novembro de 1911, quando ele pediu demissão do cargo de Presidente da Comissão Municipal de Agricultura sendo substituído pelo cidadão Manuel de Senna Cardozo.
Aconteceu na sessão ordinária de 03 de Novembro de 1911, quando ele pediu demissão do cargo de Presidente da Comissão Municipal de Agricultura sendo substituído pelo cidadão Manuel de Senna Cardozo.
No ano de 1.920, ele passou a residir em Itapetininga; foi estudar na tradicional Escola Estadual “Peixoto Gomide”.
Foi em Itapetininga que faleceu a filha Maria dos Prazeres, a 18 de agosto de 1.923.
Francisco Válio formou-se em Contabilidade; seguiu a carreira de bancário como contador e mais tarde gerente do Banco Agrícola e da Cooperativa de Crédito de Itapetininga.
Foi em Itapetininga que faleceu a filha Maria dos Prazeres, a 18 de agosto de 1.923.
Francisco Válio formou-se em Contabilidade; seguiu a carreira de bancário como contador e mais tarde gerente do Banco Agrícola e da Cooperativa de Crédito de Itapetininga.
Foi colaborador na casa atacadista “Irmãos Duarte”.
Foi fundador, vice-diretor e professor da Escola Técnica de Comércio e do Ginásio de Itapetininga.
Lecionava Datilografia na Escola de Comércio de Itapetininga.
Lecionava Datilografia na Escola de Comércio de Itapetininga.
Suas outras atividades: secretário do Partido Constitucionalista e secretário da Associação Comercial de Itapetininga, que ajudou a fundar aos 09 de junho de 1.933, juntamente com os cidadãos: João Barth, Coronel Cândido Severiano Maia, Francisco Lisboa, Bartolomeu Rossi, Constantino Matarazzo, Maurício Tambelli, Euclides de Moraes Rosa, Paulo Soares Hungria e Karnig Artim Bazzarian.
No site da Associação Comercial de Itapetininga, há o seguinte tópico relacionado à iniciação da entidade:
Francisco Válio foi presidente no biênio 1.938 / l.939, exercendo vários outros cargos nas diversas diretorias.
No site da Associação Comercial de Itapetininga, há o seguinte tópico relacionado à iniciação da entidade:
"Associação Commercial de ItapetiningaConvidam-se todos os commerciantes e industrias desta cidade e município, sem distinção de qualquer espécie, para uma reunião que se realizará domingo, 9 do corrente, às 14 horas, num dos salões do Clube Venâncio Ayres, para a fundação da Associação Commercial de Itapetininga. Tratando-se de uma iniciativa de grande alcance, roga-se o comparecimento de todos os interessados, ainda que não sejam sócios do clube.
Itapetininga, 1º de julho de 1933.
A Comissão.
Candido Severiano Maia, João Barth, Constantino Matarazzo, Francisco Lisboa, Francisco Válio e José Maria. O de óculos, abaixo, é Francisco Válio.
Itapetininga, 1º de julho de 1933.
A Comissão.
Candido Severiano Maia, João Barth, Constantino Matarazzo, Francisco Lisboa, Francisco Válio e José Maria. O de óculos, abaixo, é Francisco Válio.
Francisco Válio foi presidente no biênio 1.938 / l.939, exercendo vários outros cargos nas diversas diretorias.
Na edição de 24 de agosto de 1.935, no jornal "Tribuna Popular", de Itapetininga, o contador Francisco Valio foi lembrado por alguém que se assinou como "um amigo desta terra" para compor suposta chapa às eleições municipais que preencheria várias classes, tendo como companheiros: Antonio Leme Filho (engenheiro, proprietário e capitalista), Antonio Vieira Sobrinho (agricultor e industrial), Constantino Matarazzo e Waldomiro de Carvalho (comerciantes), Alberto Sales (ferroviário), Anísio Alves Cardoso (médico e lavrador) e João B. Macedo (advogado).
Faleceu no dia 1º. de maio de 1.946.
Tem sua biografia impressa na revista da Associação Comercial de Itapetininga, ano de 2.003, página 28 e nela nos baseamos para falar um pouco de sua vida.
Uma das mais famosas avenidas de Itapetininga tem o seu nome: Avenida "Francisco Valio".
Uma das mais famosas avenidas de Itapetininga tem o seu nome: Avenida "Francisco Valio".
AS FILHAS VICENTINA E ADELINA
Vicentina nasceu em 1.892 em Pilar do Sul, lá também casando-se aos 25 dias de setembro de 1.909 com o Capitão Juvenal Marques ou Juvenal Marques de Quevedo, político local que nasceu em 1.890 e faleceu aos 11 de junho de 1.944.
Tiveram dois filhos: Gentil Marques Valio - e José Marques Valio, que foi Presidente da Câmara em Bastos no ano de 1.949. Após quatro anos de matrimônio, Vicentina veio a falecer.
Um ano depois, em 18 de abril de 1.914, o Capitão desposou a cunhada Adelina Válio, nascida em 1.894, que também faleceu jovem, aos 38 anos de idade, em 27 de julho de 1.932.
Quando Adelina faleceu, todos os seus filhos eram menores de idade.
A moça da sacada é Ruth e uma das meninas é Irma, segundo acervo da família. Estas fotos pertenceram a Maria Aparecida Valio, filha do Major Luiz Valio, que escreveu atrás.
No caso da fotografia de Ruth, ela mandou essa foto para o Tio Gustavo - deve ser Gustavo Grandino, da genealogia de Vicenza Valio.
No verso da foto das meninas, Maria Valio escreveu "Irma e Lígia, primas".
A moça da sacada é Ruth e uma das meninas é Irma, segundo acervo da família. Estas fotos pertenceram a Maria Aparecida Valio, filha do Major Luiz Valio, que escreveu atrás.
No caso da fotografia de Ruth, ela mandou essa foto para o Tio Gustavo - deve ser Gustavo Grandino, da genealogia de Vicenza Valio.
No verso da foto das meninas, Maria Valio escreveu "Irma e Lígia, primas".
Ricardo Marques Válio, bisneto de Vicentina, neto de Gentil Marques Valio e filho de Amaury Marques Valio possui um blog (valio.org) onde vem registrando dados sobre a família Valio. Atualmente mora no Rio de Janeiro, mas seus parentes mais próximos estão em Campinas. Veja o e-mail que ele enviou para Luiza Valio, administradora deste site:
(((((Olá Luiza, tudo bem contigo?
Meu nome é Ricardo Marques Válio, filho de Amaury, neto de Gentil, bisneto de Vicentina, trineto de Elias... :D Acho que essa é apresentação familiar mais completa... rsrsFaz um tempo que já estou pensando em lhe escrever, mas sempre acabo postergando sabe-se lá porque. Mas fiquei muito triste hoje quando fui entrar no seu blog da família e vi que ele não estava mais no ar. Acabei descobrindo seu novo endereço e li quais foram os motivos, e novamente, fiquei triste.
Bom, estava há tempo para lhe escrever exatamente porque queria compartilhar com você o site que eu estava montando, e até me desculpar por ter colocado lá um link contendo seus blogs, incluindo o da família, para que as pessoas vissem com detalhes muita coisa interessante que você tinha escrito, porém sem ter lhe falado nada. Infelizmente, foi através de mesmo link que descobri que seu site estava fora.
Primeiramente, gostaria de sugerir a você, caso ainda não tenha tentado, que peça ao blogspot um backup de seus dados, talvez não seja fácil, mas acho que vale a pena tentar..
De qualquer maneira, vou atualizar os links para seus novos endereços, tá legal?
Seu blog foi uma excelente fonte de informações para eu encontrar várias peças do quebra-cabeça da família na hora de montar uma árvore genealógica gráfica em meu site (valio.org), gostaria que visitasse se tiver um tempinho, e opinasse se desejar.
A família é muito grande e cada vez cada um está mais distante um do outro, a internet é uma ótima maneira de manter todos em contato. Antes estavamos todos no interior de São Paulo, e pela construção da árvore fui achando gente nos EUA, Alemanha, Japão, além de vários estados do Brasil, até eu mesmo que vim parar no Rio de Janeiro há um ano junto com meus filhos (e a mais novinha até nasceu carioca, rsrsr), mas sinto falta de todos, principalmente em Campinas onde estão meus parentes mais próximos hoje.
Um grande abraço,Ricardo Valio))))))
O FILHO BRASILINO
Brasilino Valio nasceu em 10 de setembro de 1.897 em Pilar do Sul e faleceu em 20 de junho de 1.958 em Itapetininga.
Foi escrivão da Câmara Municipal de Pilar do Sul em 1.919.
Maçom, pertenceu à Loja Firmeza de Itapetininga.
Músico, tocava clarinete na banda de Pilar do Sul e em Itapetininga.
Casou-se com Carmela de Moraes Cunha, filha de Euzébio de Moraes Cunha e Alzira Castilho Barbosa. Esse Eusébio nasceu em Pilar do Sul no ano de 1.865 e morreu na mesma localidade em 30 de abril de 1.941.
Euzébio de Moraes Cunha participou do processo de emancipação do município de Pilar do Sul; era filho de Antonio Euzébio de Moraes e de Eliza do Carmo Soarez, conforme se insere do volume "Um Estudo Sociolinguístico das Comunidades Negras do Cafundó, do Antigo Caxambu e de seus Arredores", do autor Sílvio Vieira de Andrade Filho, membro do IHGGI.
Brasilino deixou os seguintes filhos: Mariquinha Válio Perpétuo, casada com Irineu Perpétuo; Tereza Françani, casada com Raimundo Françani; Lila; Milton Válio, que era professor e aposentado como funcionário da Caixa Econômica do Estado de São Paulo, em Itapetininga, e lá faleceu aos 81 anos de idade, em novembro de 2.006, deixando a esposa Lurdes Basso Válio - Marcos Valio, em 2.009, deixou comentário no You Tube: "Parabéns ao Coral Santa Terezinha tempos de seresta dos meus pais e, em especial, do casamento de meu querido Tio Milton Valio (in memorian) com a querida Tia Lourdes Basso Valio, no ano de 1986". Milton Valio era membro do PSD de Pilar do Sul, ao lado de Gabriel Valio, presidente; Antonio Lacerda, vice; Deolindo Santos Oliveira, 10. secretário; José Antonio Rosa, 2o. secretário; Benedito Ferreira de Souza, 1o. tesoureiro; José Paulino de Almeida, 2o. tesoureiro; Brasilino de Moraes Rosa, procurador; e membros: Gabriel Batista de Proença, Eusébio Góes Menino, Manoel Ferreira, José de Paula Rosa, Gustavo Piloto, Adelino Adão Caetano, João Marcolino Vieira, Juventino Manoel Ferreira, Paregino Minesine, Antonio Miguel de Proença, Joaquim Antunes Maciel, Milton Válio, Laurindo de Oliveira Rosa, Genésio Rolim de Góes, Juveliano Ferreira Leite, João Rafael Castanho, Benedito de Almeida Vieira, Acácio de Moraes, Francisco Vieira da Rosa, José Tavares de Albuquerque, Daniel Silva Ramos, Antonio Vieira de Medeiros, Benedito Vieira de Medeiros, João Rodrigues de Almeida, Alfredo Ferreira do Santos, Alexandre Fernandes Lemes, Agostinho Pinheiro dos Santos, João Rodrigues da Silva, Juvenal dos Santos Terra Sobrinho, José Bento Machado, Leônidas Lemes da Silva, Armando Caioli, Salvador Proença de Carvalho, João Ferreira de Campos, Horácio Ferreira de Campos, João Antonio de Barros, Raunílio de Oliveira Campos, Antonio Araujo, Antonio Rodrigues de Almeida, Benedito Gomes Sobrinho, Anselmo Tedesco, José Antonio de Barros, Augusto Rodrigues de Almeida, Raimundo de Moraes Rosa, Joaquim Messias Vieira, Antonio Batista de Proença, João Batista Maciel, Mamede Batista de Proença (1.954); Helena; Adelino; Cecília e José Moraes Válio. A nota do seu falecimento foi publicada no jornal "O Estado de São Paulo" do dia 26 de junho de 1.958.
O filho José Moraes Válio, pediatra, participou em 1.955 da Exposição Anatomo-patológica, sendo responsável pela parte clínica, ao lado de Miltom Cury ( 4a. C. H. ), Armando Valente (2a. M. M. ), conforme publicação no "Estadão" de 15 de abril de 1.955.
O FILHO ISALTINO
Isaltino Válio nasceu em Pilar do Sul e, no ano de 1.920, era lá agente do periódico ‘O Rouxinol’, editado em São Miguel Arcanjo, sob a direção de Mário Augusto de Medeiros.
Como o irmão Brasilino, era músico. Também maçom pela Loja Firmeza, de Itapetininga, exerceu o cargo de 2º. Vice-presidente, secretário e orador, além de outros, no período de 1.936 a 1.949.
Professor do Ginásio de Itapetininga, foi fundador da Escola Técnica de Comércio de Itapetininga e o primeiro cidadão a se formar em Economia.
Pertenceu às fileiras da ex- União Democrática Nacional. Foi diretor do Clube Venâncio Aires e Recreativo.
Na foto, de óculos escuros, em recepção oferecida pelo Rotary em 1.961, em Itapetininga.
Isaltino empresta seu nome à EMEI localizada à Rua Sebastião Silva Leite Fernandes, 410, em Itapetininga.
Professor do Ginásio de Itapetininga, foi fundador da Escola Técnica de Comércio de Itapetininga e o primeiro cidadão a se formar em Economia.
Pertenceu às fileiras da ex- União Democrática Nacional. Foi diretor do Clube Venâncio Aires e Recreativo.
Na foto, de óculos escuros, em recepção oferecida pelo Rotary em 1.961, em Itapetininga.
Isaltino empresta seu nome à EMEI localizada à Rua Sebastião Silva Leite Fernandes, 410, em Itapetininga.
Casado com Hilda Camargo Válio, faleceu aos 23 de setembro de 1.972, com 72 anos de idade, deixando os filhos: Ari Válio, casado com a professora Eneida Ruivo Válio; João Batista Válio, casado com a professora Cecília Innaconi Válio e Mercedes Válio Coli, casada com Nadir Antonio Coli.
Quando faleceu, era Diretor Geral da Associação de Ensino de Itapetininga.
O FILHO ÂNGELO
Ângelo Válio tinha o apelido de Nenê e também nasceu em Pilar do Sul.
Músico assim como os irmãos, lá lecionava a matéria para quem quisesse tomar parte na banda lira da cidade.
Tocava trombone de canto.
Um dia tornou-se servente escolar na Escola Cel. Fernando Prestes, em Itapetininga, e para lá mudou-se; começou a trabalhar em junho de 1.953.
No ano de 1.954, passou a reger a banda do Tiro de Guerra, mais tarde Banda Santa Cecília e hoje Corporação Musical Lira de Itapetininga, que foi idealizada pelo professor Durvalino da Costa e Silva.
No dia 28 de outubro de 1.960, o maestro Ângelo Válio, acompanhado de Benedito de Campos Soares e Claudionor Ramos, conforme ata de 16 de setembro de 1.957, foram conversar com o prefeito José Ozi para formalizar a admissão do músico José Carlos Soares nos serviços públicos, aproveitando-o para reforçar a banda.
Na década de 70, os ensaios aconteciam na Vila Orestes e todos os seus componentes tocavam de graça.
Ângelo regeu a banda de Itapetininga por quase meio século.
Com a morte do maestro João Ortiz de Camargo, Ângelo foi contratado para reger a banda de São Miguel Arcanjo. Nessa época já estava aposentado: foi exonerado do serviço público por decreto do dia 20 de julho de 1.962.
Durante um ano ele foi pensionista no Hotel São Paulo, então pertencente à senhora Augusta, filha de João Paulino da Silva. Nesse tempo, o então prefeito José França era Presidente de Honra da Corporação Musical Sãomiguelense, hoje desativada.
Ângelo Valio não teve filhos.
Adotou um menino que era filho de Carlos Caricatti, de São Miguel Arcanjo.
Viúvo, internou-se no Asilo de Pilar do Sul onde veio a falecer.
Segundo seu sobrinho Jairo Valio, neto de Elias, o menino adotado por Ângelo chama-se Nelson Valio.
O texto abaixo foi escrito por seu filho Nelson Valio colhido do extinto jornal "Folha de São Miguel Arcanjo", edição 16 de março de 1.973:
“AS COISAS FLUTUAM”
Ainda a pouco lá fora os risos formavam uma dissonante sinfonia, misturando-se com a chuva, perturbando a paz das rosas brancas, às vezes, arrancando-as dos ramos, fazendo-as vagar como as coisas que flutuam à tarde...
Flutuando à tarde, estão os passos correndo – parados -, as mãos dadas –vazias -, as musas virgens – prostituídas -, os poetas que não escrevem mais, as mentes acovardadas dos hipócritas entorpecidos...
A tarde é bem azul.
Azul negro.
Então, ela emburrou-se. Cansou de ser tarde, despediu-se, despindo de sol as vilas e as casas, esquinas, bares, becos e botecos.
Foi caminhando... E se foi... E sumiu.
Agora, tudo ficou com sabor de nada, borbulhando, dançando lágrimas nos olhos da menina.
Pétalas pálidas caíram no pedaço de calçada, no fundo de quintal.
E os imbecis continuam lá, sorrindo, segurando enormes pacotes vazios".
O FILHO GABRIEL
Gabriel Válio foi um grande cidadão. Prestou seus serviços em Pilar do Sul como subdelegado em 1.935, vereador, Prefeito na década de 50, Delegado de Polícia, grande militante político e Maestro.
Novamente chefiando o Executivo, no ano de 1955, concedeu um empréstimo para que a Corporação Musical Lira Pilarense, o maior patrimônio cultural da cidade, ainda hoje em atividade, pudesse construir sua sede própria.
Figura, ao lado de Ângelo Amassalas, Leopoldo Vieira, Durvalino da Costa e Silva e Adelino Adão Caetano como um dos principais maestros da cidade em todos os tempos.
No ano de 1930 a Corporação Musical Lira Pilarense contava com os seguintes músicos: Gabriel Valio (Bombardino), Brasilino Valio (Clarinete), Ângelo Valio (Trombone de Canto), Lázaro Pereira das Neves (Trompa Harmonia), Benedito Pereira (Trombone Harmonia), Augusto Rodrigues (sax harmonia), Benedito Joana (que auxiliava como trombone de harmonia ou de canto, conforme precisava), Batista Ferreira (1º Piston), Acácio Adão (2º Piston), Brasilino de Moraes Rosa (Clarinete), Joaquim Ferreira (prateleiro), Raimundo Moraes Rosa (Bumbeiro), Benedito da Marinha (Caixista), Francisco Domingues (Baixista), também tinha Eugênio Teodoro Sobrinho, que era clarinetista e ajudava muito a Banda, dando serviços para alguns músicos em sua Sapataria, tinha também o Durvalino Costa e Silva, Ludgero Costa e Silva e o Ireno Costa e Silva, todos os irmãos, que eram Professores em Itapetininga, e sempre que estavam em Pilar do Sul, ajudavam a Banda.
Conta ainda que Gabriel Válio, duas vezes Prefeito Municipal de Pilar do Sul, desde essa época, sempre foi o Maestro e chefe da Banda e tudo o que era necessário ele resolvia com dedicação.
Américo Simões, quando estava com 11 anos, começou a aprender música, com Ângelo Valio, e quando tinha 13 anos, tocou pela primeira vez na cidade de São Miguel Arcanjo, e daí em diante foi se formando mais músicos, como Leônidas, Osvaldo, Francisco Dias, Dito Pernilongo, Dirceu Baptista, João Paulino, Dito Leandro, Adelino Adão Caetano e outros mais.
Conta ainda que Gabriel Válio, duas vezes Prefeito Municipal de Pilar do Sul, desde essa época, sempre foi o Maestro e chefe da Banda e tudo o que era necessário ele resolvia com dedicação.
Américo Simões, quando estava com 11 anos, começou a aprender música, com Ângelo Valio, e quando tinha 13 anos, tocou pela primeira vez na cidade de São Miguel Arcanjo, e daí em diante foi se formando mais músicos, como Leônidas, Osvaldo, Francisco Dias, Dito Pernilongo, Dirceu Baptista, João Paulino, Dito Leandro, Adelino Adão Caetano e outros mais.
A Praça onde foi construído um relógio de sol empresta seu nome; chama-se Praça "Gabriel Válio".
Justa homenagem a um filho que tanto amou sua terra e sua gente.
Casado com Maria Conceição, que também empresta seu nome a um logradouro público em Pilar do Sul, tiveram os filhos:
1. Benedito Valio, já falecido;
2. Jairo Valio;
3. Denis Valio;
4. Maria José Valio;
5. Therezinha Aparecida Valio Corrêa.
Sua residência em Pilar ficava no terreno onde está hoje a agência do Bradesco, na rua que vai para o Asilo.
Braz Alves Munhoz, morador em São Miguel Arcanjo, se lembra de Gabriel como uma das figuras mais carismáticas que ele já conheceu.
- “Era humilde, mesmo depois de ter sido grande político e homem público”.
- “Como maestro”, lembra Braz, “certa vez fomos convidá-lo a trazer a banda de Pilar até São Miguel na Festa de São Roque. Antigamente, a Festa de São Roque acontecia no terreno onde hoje está a Rodoviária: era o campo de futebol da rapaziada da Vila. A alvorada seria às 4 da manhã. Ele já estava com mais de 80 anos de idade. Mas veio e fez a alvorada. Tocamos juntos mais de vinte músicas. Tinha um filho dele que vinha lá de Sorocaba só para tocar prato na banda, mas não me lembro do nome dele”.
1. Benedito Valio, já falecido;
2. Jairo Valio;
3. Denis Valio;
4. Maria José Valio;
5. Therezinha Aparecida Valio Corrêa.
Sua residência em Pilar ficava no terreno onde está hoje a agência do Bradesco, na rua que vai para o Asilo.
Braz Alves Munhoz, morador em São Miguel Arcanjo, se lembra de Gabriel como uma das figuras mais carismáticas que ele já conheceu.
- “Era humilde, mesmo depois de ter sido grande político e homem público”.
- “Como maestro”, lembra Braz, “certa vez fomos convidá-lo a trazer a banda de Pilar até São Miguel na Festa de São Roque. Antigamente, a Festa de São Roque acontecia no terreno onde hoje está a Rodoviária: era o campo de futebol da rapaziada da Vila. A alvorada seria às 4 da manhã. Ele já estava com mais de 80 anos de idade. Mas veio e fez a alvorada. Tocamos juntos mais de vinte músicas. Tinha um filho dele que vinha lá de Sorocaba só para tocar prato na banda, mas não me lembro do nome dele”.
E completa Braz: - “Numa sexta-feira, estava eu na Prefeitura quando recebi uma ligação de Pilar dizendo que eu me preparasse e todos os músicos da cidade também porque viria uma condução lá de Pilar no dia seguinte para buscar a gente para acompanhar o enterro de Gabriel. Os músicos fizeram a guarda de honra no seu guardamento que realizou-se no recinto da Câmara Municipal. Naquela época, a Câmara ficava na atual Praça da Matriz”.
A Praça "Gabriel Valio", no Bairro Campo Limpo, em Pilar do Sul.
Gabriel Valio ajudou na fundação da Associação Beneficente Bom Jesus - Asilo de Pilar do Sul, juntamente com os cidadãos Padre João Batista Ricci, Dr. Antonio Callezi, Senhores: Antonio Calvo, Antonio Lacerda, Benedito de Carvalho, Brasilino de Moraes Rosa, Carlos Bento Diniz, Eugenio Theodoro Sobrinho, Dionísio de Paula Rosa, Joaquim de Almeida Rosa, João de Almeida, João Marcolino Vieira, João Urias de Moura, Luiz Antonio Diniz, Osório Rosa, Pedro Batista, e Julio da Silveira Diniz.
A senhora de número 21 é a mulher de Gabriel Valio, mãe de Benedito, Jairo, Denis, Maria José e Therezinha. Do "Corujando dia e noite- ciranda das mães".
O FILHO DE GABRIEL VALIO: JAIRO VALIO
É Douglas Lara quem nos conta a história de vida de Jairo Valio, o segundo filho do casal Gabriel e Maria Conceição no texto a seguir.
'Nascente das Águas' conta Pilar do Sul e Sorocaba
Às encostas da Serra de São Francisco, nasce Pilar do Sul, Jairo Valio e seu livro “Nascente das Águas”.
Escritor, poeta e cronista, Jairo Valio, 72 anos, trata em seu livro, publicado em Novembro de 2005 pela editora Ottoni, sua história, que se mistura com a de Pilar e sua vivência em Sorocaba.
Rica em quedas d´água, Pilar do Sul desempenhou importante papel na geração de energia hidrelétrica, fornecendo eletricidade para as fábricas de fiação, tecelagem e estampagem de tecidos da Companhia Nacional de Estamparia, em Sorocaba. Este episódio é pouco conhecido por historiadores, mas Jairo Valio detalha com grandeza em sua obra.
“Nascente das Águas”, fruto de cinco anos de trabalho, trata da história de Pilar do Sul desde a sua fundação em 1891, até os dias atuais. Foram selecionadas ilustrações, reproduções de documentos raros, como a certidão de casamento de João de Camargo Barros (o curandeiro Nhô João), realizado no dia 1º de abril de 1891 em Pilar do Sul, que evidenciam ainda mais fatos históricos, políticos, econômicos e sociais.
Valio conta sobre a economia da cidade, baseada principalmente na fruticultura; suas proezas como meia de campo do time da Associação Atlética Pilarense; as famílias tradicionais, as entidades beneficentes e assistenciais, além da exuberância da natureza da região, com suas águas, mata e clima.
A família de Jairo, retratada em “Nascente das Águas”, teve participação ativa na história de Pilar. Gabriel Valio, pai de Jairo, foi prefeito e vereador por duas legislaturas, além de ter sido delegado de polícia, maestro da banda “Lira Pilarense” e juiz de paz. A mãe, Maria da Conceição Valio, foi uma grande religiosa e comprometida com as ações sociais durante toda sua vida. Outro capítulo da obra é dedicado ao seu tio José de Paula Rosa (tio “Zuzu”), dono do Cine Pilar e que tinha como característica ser “um adulto com espírito de moleque”.
Na década de 50, aos 15 anos de idade, Jairo Valio veio morar em Sorocaba, onde construiu grande parte de sua história, experiência que relata no capítulo “Sorocaba que me acolheu”.
Casou-se pela primeira vez com Ondina Rosa Valio, falecida, e atualmente está casado com Eva Ribeiro do Nascimento. É pai de três filhos e avô de quatro netos.
Foi gerente de vários bancos, atuou em projetos sociais, principalmente a Pastoral do Menor e a Pastoral da Criança, e como vicentino, por mais de 34 anos.
Pai de “Nascente das Águas”, colaborador de mais de 50 crônicas publicadas no Cruzeiro do Sul, escritor de “O Jornal”, de Pilar, intitulado em junho de 2002 como Cidadão Sorocabano, Jairo foi recentemente empossado como membro da Academia Sorocabana de Letras (ASL), solenidade que ocorreu em 2 de dezembro. Ocupa hoje a cadeira número 14, cujo titular foi o escritor pernambucano Alcides Nicéas.
Mas Jairo Valio antecipa que não pretende parar por aqui. Após o sucesso de "Nascente das Águas", irá publicar um outro livro, desta vez, de crônicas e poesias.
Jairo Valio nasceu em Pilar do Sul, Estado de São Paulo - Brasil, aos 05 de outubro de 1934, filho de Gabriel Valio e Maria Conceição Valio.
Formado em contabilidade, trabalhou por 38 anos em várias instituições financeiras, como Gerente, onde aposentou-se posteriormente. Escritor, pesquisador e poeta, é apaixonado pela Literatura e escreve crônicas nos Jornais Cruzeiro do Sul de Sorocaba e O Jornal de Pilar do Sul. Foi membro do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente [CMDCA] por duas gestões também como voluntário e é Vicentino por mais de 30 anos pela Sociedade São Vicente de Paulo em Sorocaba/SP. Recebeu o Título de Cidadão Sorocabano, outorgado pela Câmara Municipal de Sorocaba, em reconhecimento da cidade pelos trabalhos em favor dos pobres e oprimidos, principalmente pelas crianças abandonadas nas ruas das periferias. É membro da Academia Sorocabana de Letras. Tem publicado o Livro Nascente das Águas e participação no Livro Antologia dos Escritores Brasileiros 2º Edição.
Diário de Sorocaba de 28 de janeiro de 2007
Douglas Lara
Luiza Valio você descreveu em detalhes a vida e os feitos da sua família sou pilarense e gosto muito de conhecer os antepassados dos Pilarenses, Parabéns.
ResponderExcluirMuito bom e muito extenso. Nota 20
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